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SP: após tiroteio, sindicato pede ajuda da PM para eleições

12 jul 2013 - 13h13
(atualizado às 13h23)
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<p>Uma reunião no prédio do sindicato terminou em tumulto e violência</p>
Uma reunião no prédio do sindicato terminou em tumulto e violência
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) informou, nesta sexta-feira, que vai pedir ajuda à Polícia Militar para garantir a segurança na eleição para a presidência da categoria, que foi adiada após um tiroteio na última quarta-feira. No dia do incidente, pelo menos dez pessoas feridas, incluindo uma vítima que permanece em estado grave.

O sindicato enviou ofícios para o Ministério da Justiça, Secretaria de Segurança Pública e Comando Geral da Polícia Militar para fossem tomadas as medidas necessárias para evitar novos confrontos. De acordo com a assessoria do Sindmotoristas, o pleito ocorrerá nos dias 25 e 26 de julho, com a apuração no dia 27.

Após a votação, a ideia dos sindicalistas é de enviar as urnas com os votos para um batalhão da Polícia Militar, para evitar novos atentados. Na quarta-feira, apenas seguranças particulares do atual presidente, Isao Hosogi - o Jorginho , e uma equipe de seguranças contratadas pelo sindicato faziam a proteção do prédio.

A votação da categoria ocorre entre 8h e 18h na sede social do sindicato, na rua Pirapitingui, na Liberdade, centro de São Paulo, e entre meia-noite do dia 25 e 18h do dia 26 nas 32 garagens da cidade.

Ministério Público

Nesta quinta-feira, a Procuradoria-Geral de Justiça designou dois promotores para acompanhar o inquérito policial que apura o tiroteio da última quarta-feira. De acordo com o MP, os promotores Neudival Mascarenhas Filho e Felipe Eduardo Levit Zibermann do 1º Tribunal do Júri da Capital foram os escolhidos para trabalhar no caso. Ainda não há informações sobre os suspeitos do crime.

Disputa política

A chapa 2, que faz oposição ao atual presidente do sindicato, vem tentando adiar as eleições por meio de liminares na Justiça. De acordo com o Sindmotoristas, foram ao menos 13 liminares rejeitadas nos últimos meses.

Na quarta-feira, antes do confronto, um grupo de sindicalistas da oposição fechou 16 terminais de ônibus em São Paulo. Segundo a SPTrans, a ação começou por volta das 8h e foi finalizada por volta das 13h, atingindo os terminais Santo Amaro, Santana, Jabaquara, Cachoeirinha, Parque D. Pedro II , Campo Limpo, Lapa,Vila Prudente, Grajaú, Varginha, Casa Verde, Mercado, Princesa Isabel, Capelinha, Sacomã e João Dias.

Na ocasião,  Jorginho classificou a atitude da oposição como um ato “desesperado da minoria dissidente da diretoria da entidade, que desde a semana passada passaram a praticar ‘terror eleitoral’”. No dia 2 de julho, os sindicalistas da oposição também bloquearam diversos terminais de São Paulo, impedindo a circulação de veículos por aproximadamente 2 horas.

Entre as reivindicações, a oposição pede a presença do Ministério Público nas eleições. Jorginho disse que aceita o pedido e acredita que essa transparência dará ainda mais qualidade ao pleito. “Quero pedir para que a imprensa comunique a população, que participe desse pleito, que tem que ser transparente. Essa eleição sempre foi assim, disputada e queremos que o MP, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) etc., participem desse pleito. Queremos fazer o pleito mais transparente possível”, disse.

Houve também discordância quanto ao número de eleitores que poderiam participar da votação que estava marcada para esta quinta-feira. Segundo Jorginho, pelo estatuto, serão 29 mil eleitores, sendo que 23 mil são trabalhadores e 6 mil são aposentados. “O sindicato dá todo direito aos aposentados que contribuíram. Não sei porque falam em três listas de votos”, disse.

A eleição será disputada entre o atual presidente e seu opositor José Valdevan dos Santos. 

Fonte: Terra
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