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Protestos em Seul antecedem voto de impeachment

3 dez 2016 - 13h16
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Centenas de milhares de pessoas se reúnem pela sexta semana consecutiva para exigir a renúncia da presidente sul-coreana, Park Guen-hye. Partidos de oposição apresentam moção de impeachment contra Park.Neste sábado (03/12), as ruas do centro de Seul voltaram a ficar repletas de manifestantes pela sexta semana consecutiva, em novo protesto para pedir a renúncia da presidente Park Geun-hye, envolvida no escândalo da "rasputina coreana".

Dezenas de milhares de pessoas iniciaram uma manifestação pacífica na Avenida Gwanghwamun, principal artéria do centro da capital, portando bandeirolas e cartazes, nos quais pediam a renúncia e a abertura do procedimento de destituição de Park.

Os manifestantes planejam finalizar o percurso nos arredores da presidencial Casa Azul, onde a polícia estabeleceu um cordão de isolamento num raio de 100 metros, e ao anoitecer permanecerão nas ruas com velas acesas. Segundo as autoridades, foram disponibilizados 20 mil homens para controlar a manifestação.

Em outras cidades do país, como Busan, Gwangju e Chuncheon, também aconteceram mobilizações em menor escala.

Park, cujo índice de aprovação caiu para um recorde de baixa de 4% na semana passada, é acusada de permitir que sua amiga íntima Choi Soon-sil - conhecida popularmente como "rasputina coreana" - se intrometa em assuntos estatais.

A presidente também é suspeita de conluio com sua amiga com vista a pressionar as principais empresas sul-coreanas para que façam doações a duas fundações controladas por Choi. Park pediu repetidamente desculpas pelo escândalo, mas nega qualquer irregularidade criminosa.

Moção de impeachment

Horas antes no sábado, os partidos da oposição da Coreia do Sul apresentaram uma moção de impeachment contra Park. A medida foi apoiada por 171 dos 300 legisladores na Assembleia Nacional.

Uma maioria de dois terços é necessária para afastar a presidente e precisará do apoio de 28 legisladores do Partido Saenuri, legenda governista de Park. Se aprovada, a moção terá que passar pelo Tribunal Constitucional num processo que poderá levar até seis meses sem garantia de como os juízes irão se pronunciar.

Se a votação de sexta-feira for bem-sucedida, Park será o primeiro líder democraticamente eleito na Coreia do Sul a ser expulso do cargo. Na terça-feira, Park disse que estava preparada para renunciar, mas deixaria o Parlamento decidir seu destino político. Seu partido Saenuri propôs que ela renuncie em abril para permitir novas eleições em junho.

CA/afp/dpa/dw

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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