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"Westworld" contra "Stranger Things": o ano do duelo entre Netflix e HBO

27 dez 2016 - 14h38
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Com apenas duas temporadas restantes para o fim de "Game of Thrones", a HBO usou 2016 para buscar um substituto e atingiu um sucesso similar com "Westworld", um projeto que duelou pelo título de melhor série do ano com a receita nostálgica de "Stranger Things", da Netflix.

O ano de 2016 termina como o da consolidação das plataformas de streaming de vídeo, que ficaram com mais de 70% das indicações televisas do Globo de Ouro, incluindo oito das candidatas a melhor série (cinco em comédia e cinco em drama, no total).

Entre elas está o maior sucesso da temporada, "Stranger Things", que se transformou em todo mundo em um fenômeno e foi aclamado pela crítica com sua mistura de ficção científica, terror, drama, ambientação nos anos 1980 e os protagonistas.

Um dos principais acertos da série, que assistida por mais de 14 milhões de pessoas nos Estados Unidos nos primeiros 35 dias, é a recuperação de Winona Ryder e o descobrimento de Millie Bobby Brown, uma atriz de 12 anos que se transformou em estrela.

Fora as clássicas "House of Cards" e "Orange is the New Black", as séries mais destacadas do ano da Netflix foram a própria "Stranger Things" e "The Crown", que conta com enorme orçamento e superou as expectativas com a clássica e elegante história da rainha Elizabeth II, já com uma segunda temporada já prevista.

Para concorrer com elas, a HBO apostou em dois pesos pesados. A mais do que consagrada "Game of Thrones", que chegou a sua sexta temporada em 2016, faltando duas para o fim. E "Westworld", já vista como substituta para liderar a audiência do canal depois de 2018.

Criada por Jonathan Nolan (irmão do diretor Christopher Nolan) e com J.J. Abrams como produtor executivo, "Westworld" é uma série obscura, baseada em um filme de Michael Crichton da década de 1970, e que se ambienta em um local de férias povoado por androides, onde cada desejo humano é atendido.

Seguindo o caminho das histórias distópicas que tanto triunfaram no cinema, "Westworld" fascina pela inteligência, pela ameaça tecnológica e pelas mentes perturbadas que a conceberam, levando alguns a compará-la a "Black Mirror", série cultuada por excelência.

Mas o sucesso de "Westworld" ainda está longe de "Game of Thonres", que teve 9 milhões de espectadores por episódio só nos Estados Unidos, uma série que a mínima novidade sobre seu futuro se transforma imediatamente em notícia.

Outra série que conta com uma audiência fiel é "The Walking Dead", que estreou a sétima temporada em outubro com uma enorme expectativa para saber quem era a vítima do malvado Negan.

Mas 2016 não foi um ano de sucesso completo. "The Get Down", que continuará por mais uma temporada, conta a história sobre o início do rap e foi uma das grandes apostas da Netflix. Criada por Baath Luhrmann, a série custou US$ 120 milhões e ficou longe das audiências de "Stranger Things", "Narcos" e "American Crime Story".

Outro fracasso foi "Vinyl", da HBO. Inspirada em uma ideia de Mick Jagger, que foi produtor ao lado de Martin Scorsese, o drama ambientado no mundo do rock 'n roll foi cancelado após a primeira e decepcionante temporada.

Também com uma pegada musical, "Mozart in the Jungle", que conta a história de uma orquestra clássica e tem Gael García Bernal como protagonista, é o grande trunfo da Amazon para destronar HBO e Netflix.

EFE   
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