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Tocha contra corrupção começa tour pela República Dominicana

13 mar 2017 - 16h38
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A tocha contra a corrupção iniciou nesta segunda-feira um percurso por diferentes pontos da República Dominicana como parte das ações do movimento social "Marcha Verde" para exigir a investigação dos envolvidos em subornos admitidos pela Odebrecht.

A "Chama Verde" saiu da província de Valverde (noroeste) e da cidade de Higüey (leste) para terminar no domingo que vem no Parque Independência, na capital do país, onde em 22 de janeiro foi feito o encerramento de uma grande passeata em repúdio à corrupção e a impunidade no país.

Em cada comunidade, a tocha - que também sairá hoje da província de Barahona (sudoeste) - será levada por membros do "Chama Verde", dirigentes sociais e cidadãos comuns, que reivindicam justiça no caso da Odebrecht, explicou à Agência Efe Jhonatan Liriano, um dos porta-vozes do movimento.

A tocha foi acesa ontem no bairro Capotillo, na divisa com a cidade de Dajabón (noroeste), no mesmo lugar onde os dominicanos começaram a Guerra de Restauração contra a Espanha, 1861.

"É uma peregrinação nacional pelo fim da corrupção e da impunidade, para que cada cidadão se expresse", disse.

Esta iniciativa faz parte de uma série de atividades que a "Marcha Verde" realiza desde janeiro contra a impunidade e a corrupção depois que foi revelado o caso da Odebrecht. O grupo reivindica a investigação de todos os envolvidos, a recuperação do montante roubado a partir de subornos e superfaturamentos e o cancelamento dos contratos da multinacional brasileira.

Os organizadores também conseguiram reunir mais de 300 mil assinaturas, o que garantiu poder pedir a designação de uma comissão de fiscais independentes que, acompanhados da Organização das Nações Unidas (ONU), analisarão o caso.

Em dezembro de 2016, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou documentos detalhando supostos subornos de US$ 788 milhões da Odebrecht em 12 países da América Latina e da África, entre eles a República Dominicana, onde a Odebrecht afirmou ter deixado US$ 92 milhões.

Em janeiro, a multinacional e o Ministério Público da República Dominicana assinaram um acordo através do qual a Odebrecht se comprometeu a pagar o dobro do que disse ter dado em subornos. No entanto, um juiz declarou, em 1 de março, este procedimento inadmissível porque o MP apelou à conciliação, o que não procede neste caso, conforme a decisão emitida pelo magistrado, o que fez o acordo ser devolvido às partes.

EFE   
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