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Procuradores mantêm sigilo sobre reunião para troca de dados da Odebrecht

16 fev 2017 - 21h01
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Os procuradores de Justiça de 11 países que se reuniram nesta quinta-feira em Brasília para discutir uma troca de informações sobre o escândalo internacional de corrupção envolvendo a Odebrecht mantiveram o sigilo sobre o encontro.

A reunião foi organizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que está à frente das investigações sobre a corrupção na Petrobras, que originaram o escândalo que ganhou dimensões internacionais nos últimos meses.

O encontro se encerrou sem que nenhum dos presentes falasse com os jornalistas. A PGR, porém, disse que está prevista a divulgação de um comunicado conjunto.

Participaram da reunião representantes de Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Portugal, Peru, República Dominicana e Venezuela, convidados pelo procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, promotor deste inédito encontro.

Também tinham sido convidados membros do Ministério Público de El Salvador, Guatemala, Antígua e Barbuda e Moçambique, mas eles não vieram a Brasília.

A Odebrecht é investigada em todos esses países, especialmente quanto ao financiamento ilegal de campanhas eleitorais, ao pagamento de propinas para obter contratos de obras públicas ou à realização de operações financeiras irregulares.

A dimensão internacional do escândalo foi conhecida no fim do ano passado, quando o Departamento de Justiça dos EUA revelou que a construtora admitiu ter pagado US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e da África, incluindo o próprio Brasil.

As investigações iniciadas por causa das informações da Justiça americana provocaram uma ordem de prisão contra o ex-presidente peruano Alejandro Toledo, foragido, e atingiram os presidentes do Panamá, Juan Carlos Varela, e Colômbia, Juan Manuel Santos.

Além disso, geraram um enorme rebuliço em cada um dos países citados, que pediram mais informações ao Brasil, já que 77 ex-diretores da Odebrecht envolvidos no escândalo acertaram colaborar com a Justiça e fizeram acordos de delação premiada que podem revelar detalhes sobre as operações das empresas no exterior.

EFE   
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