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Oriente Médio

Turquia afirma que terrorista de Istambul é do EI e treinou no Afeganistão

17 jan 2017 - 08h13
(atualizado às 08h43)
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O suposto autor do atentado que deixou 39 mortos e 65 feridos na virada do ano em uma boate em Istambul, na Turquia, é um cidadão do Uzbequistão de 33 anos que recebeu treinamento no Afeganistão e agiu em nome do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informaram nesta terça-feira as autoridades turcas ao confirmar sua detenção.

"Está claro que sua ação foi feita em nome do Estado Islâmico", explicou o governador de Istambul, Vasip Sahin, ao confirmar que a pessoa detida ontem à noite é Abdulkadir Masharipov, nascido no Uzbequistão em 1983 e cujo codinome era Abu Muhammed Horasani.

O governador garantiu que o detido é um terrorista muito bem treinado, que fala quatro idiomas e entrou na Turquia ilegalmente em janeiro de 2016 por uma fronteira do leste.

Sahin afirmou que o detido reconheceu a autoria do atentado e que suas impressões digitais coincidem com as encontradas pela polícia no local do crime.

O governador afirmou que na residência onde o suspeito foi detido em Istambul foram encontrados US$ 197 mil em dinheiro, duas armas, vários cartões de telefones celulares e dois drones.

O suposto terrorista se alojou em muitos imóveis em Istambul antes de cometer o atentado na virada do ano na boate Reina.

Sahin indicou que ainda não há informações que levem à participação de um serviço de inteligência estrangeiro, uma possibilidade que membros do governo turco tinham insinuado anteriormente.

O governador, no entanto, garantiu que o detido contou com ajuda para realizar o ataque e que essa informação será obtida durante o interrogatório ao qual está sendo submetido.

Junto a Masharipov foram detidos ontem à noite um homem iraquiano e três mulheres de diferentes nacionalidades.

Também se encontrava na imóvel o filho de quatro anos de Masharipov.

A polícia analisou mais de 7.200 horas de vídeos de câmeras urbanas para localizar o atirador.

No total, os agentes fizeram buscas em 152 imóveis e 158 pessoas estrangeiras foram detidas durante a investigação, afirmou o governador.

EFE   
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