PUBLICIDADE

Oriente Médio

Obama descarta enviar tropas para apoiar o governo líbio

22 abr 2016 - 16h14
(atualizado às 16h31)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou nesta sexta-feira (22) enviar tropas terrestres para apoiar o novo governo líbio de acordo nacional, mas se ofereceu a facilitar ajuda técnica e trabalhar para evitar o avanço do Estado Islâmico (EI).

Foto: WPA Pool / Getty Images

Ao término de uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, Obama, que realiza uma visita de três dias ao Reino Unido, disse que tanto Londres como Washington estão comprometidos a ajudar a Administração da Líbia com "treino" e "assessoria para assegurar suas fronteiras".

"Não há planos para enviar tropas de infantaria à Líbia. Não acredito que seja necessário", declarou o líder americano durante uma entrevista coletiva. "O que podemos fazer é proporcionar nossa assessoria técnica", especificou.

Obama garantiu que tanto ele como Cameron estão "fortemente comprometidos" a evitar que o grupo terrorista Estado Islâmico se afiance na Líbia. "Estamos trabalhando, com o governo líbio e com muitos de nossos parceiros internacionais para assegurar que recebemos a informação de inteligência que necessitamos, e em alguns casos para atuar e evitar que o EI tenha outro centro desde onde lançar ataques à Europa e Estados Unidos", afirmou.

Por sua vez, Cameron ressaltou que "não há dúvidas de que a situação na Líbia representa um grande desafio", mas agora existe "um governo de acordo nacional com o qual trabalhar".

Na terça-feira (19), o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, disse no parlamento que o Reino Unido está disposto a avaliar o envio de ajuda técnica à Líbia, mas descartou que existam planos para desdobrar soldados em primeira linha.

A Líbia é um Estado fracassado, vítima da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional decidiu apoiar militarmente a revolta contra a ditadura de Muammar Kadafi, que caiu nesse mesmo ano.

Há um mês, o país vive uma situação política confusa, com um governo de união nacional estabelecido em Trípoli que não conta com legitimidade interna, um parlamento reconhecido internacionalmente em Tobruk, que se nega a respaldar esse gabinete, e uma liderança cessante e rebelde na capital que ainda conserva poder militar.

Da situação tiraram proveito grupos radicais e o braço líbio da organização terrorista EI, que no último ano ampliou o território sob seu controle e estabeleceu um novo bastião no litoral do Mediterrâneo, assim como traficantes de pessoas que administram um negócio milionário.

Está previsto que a frágil situação na Líbia domine a reunião que o G5, que inclui o Reino Unido e os EUA, realizará na segunda-feira em Hannover (Alemanha), na última escala da viagem internacional do presidente americano.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade