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Oriente Médio

Número de mortos em atentado em Bagdá passa de 200

Ato terrorista, um dos mais mortais já reivindicados pelo EI, deixou mais de 300 feridos em área comercial da capital iraquiana.

4 jul 2016 - 06h03
(atualizado às 07h39)
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Foto: EFE

Subiu para 213 o número de mortos no ataque a bomba em Bagdá na madrugada de domingo, afirmou o Ministério da Saúde iraquiano nesta segunda-feira (4). O atentado, que feriu mais de 300 pessoas, foi um dos mais mortais já reivindicados pelo grupo Estado Islâmico no país.

Nas primeiras horas do domingo, um suicida detonou uma série de explosivos quando passava de carro em meio a uma multidão reunida perto da sorveteria mais antiga e popular da capital iraquiana. No momento, as pessoas se aglomeravam para fazer compras na véspera do final do mês sagrado muçulmano do Ramadã. A região, Al Karrada, é predominantemente xiita.

O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado num comunicado divulgado na internet, afirmando que o alvo foram os xiitas, classificados de hereges pelos extremistas sunitas.

Entre os ataques reivindicados neste ano pelo EI no Iraque estão uma série de atentados a bomba em Bagdá no último dia 11 de maio, que deixaram mais de 90 mortos, e outro em um mercado do distrito de Sadr City, também na capital, que deixou 28 mortos e 62 feridos em 28 de fevereiro.

A onda de violência parece ser uma resposta do grupo às perdas territoriais sofridas no país nos últimos meses. Com apoio dos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, as forças iraquianas vêm garantindo uma série de vitórias contra o EI desde o ano passado.

O governo recuperou das mãos dos extremistas as cidades de Tikrit, Ramadi e Fallujah - esta última declarada livre do grupo na semana passada.

No entanto, o EI vem conseguindo realizar ações de larga escala em território fora da linha de frente. As autoridades iraquianas haviam ligado a operação para retomar Fallujah a uma melhora da segurança em Bagdá, citando o grande número de fábricas de explosivos na cidade.

No entanto, detectores de bomba desacreditados e forças de segurança fragmentadas não têm conseguido proteger Bagdá. Muitos iraquianos culpam os líderes políticos pela violência. Após o ataque do domingo, o primeiro-ministro Haider al-Abadi ordenou mudanças nas medidas de segurança da capital, incluindo o abandono do uso dos detectores de bomba não funcionais.

Foto: EFE

Série de ataques

Além do atentado em Badgá que matou mais de 200 pessoas, um segundo ato na capital iraquiana deixou pelo menos cinco mortos e 16 feridos no domingo. Nenhum grupo reivindicou o atentado, perpetrado num mercado popular na região de Al Shaab, também de maioria xiita.

Nesta segunda-feira, um homem morreu ao explodir uma bomba em frente ao consulado dos Estados Unidos na cidade de Jidá, no litoral oeste da Arábia Saudita. Segundo a imprensa local, as forças de segurança do consulado conseguiram impedir que o atentado atingisse outras pessoas. Dois oficiais ficaram feridos durante a operação.

No Kuwait, que fica entre o Iraque e a Arábia Saudita, pelo menos três ataques planejados pelo Estado Islâmico

 foram frustrados pelo governo, afirmou a agência de notícias estatal Kuna nesta segunda-feira. Um deles, segundo as autoridades, tinha intenção de explodir uma mesquita xiita.

"As agências de segurança do Kuwait realizaram três operações preventivas no país e no exterior que frustraram planos do Estado Islâmico no Kuwait e prenderam vários membros do EI", diz um comunicado no Ministério do Interior divulgado pela Kuna.

EK/afp/dpa/efe/rtr

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