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Mundo

Hamas reivindica autoria de atentado em Tel Aviv

9 jun 2016 - 08h43
(atualizado às 09h26)
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Foto: Getty Images

O grupo extremista islâmico Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, reivindicou na manhã desta quinta-feira (9) a autoria do atentado ocorrido ontem (8) à noite, em um centro comercial de luxo, em Tel Aviv, em Israel, quando dois atiradores palestinos abriram fogo contra israelenses que estavam o Sarona Market. De acordo com a imprensa palestina, os dois jovens foram identificados como Muhammad e Khalid Muhamra.

Ontem mesmo o grupo já havia se manifestado, pelo Twitter, comemorando o ataque e anunciando possíveis novos atentados durante o Ramadã, que começou na segunda-feira (6). O Ramadã é o mês de jejum dos muçulmanos e um dos cinco pilares do Islã.

Muhammad e Khalid são primos e viviam no povoado de Yatta, na Cisjordânia, próximo a Hebron e a mais ou menos 50 quilômetros de Tel Aviv.

Por causa do atentado, o governo israelense suspendeu mais de duzentas permissões de trabalho de palestinos residentes em Yatta, todos familiares de Muhammad e Khalid. E, segundo a imprensa israelense, outras 83 mil permissões a palestinos podem ser suspensas.

O cerco de Israel a Yatta começou nesta madrugada. Familiares dos terroristas estão sendo interrogados e autoridades investigam como os primos conseguiram entrar ilegalmente em Israel. Segundo a polícia, os jovens de 21 anos não tinham antecedentes criminais.

Por volta das 21h30 de ontem (15h30, no horário de Brasília), os dois terroristas vestidos como judeus ultraortodoxos entraram em um restaurante do Sarona Market e dispararam contra as pessoas que estavam no local. Quatro israelenses morreram e pelo menos seis ficaram feridos.

Um dos atiradores foi atingido pela segurança local e está no hospital e o outro foi levado para prestar depoimento. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento dos disparos e revelam que o número de mortos só não foi maior porque uma das metralhadoras travou e foi abandonada no local do crime.

O atentando faz parte de uma onda de violência que começou em outubro e já deixou mais de 200 mortos, a maioria deles, palestinos.

Agência Brasil Agência Brasil
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