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Oriente Médio

Governo do Iraque rejeita participação da Turquia em ofensiva contra Mossul

22 out 2016 - 14h43
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O primeiro-ministro do Iraque, Haider al Abadi, rejeitou neste sábado a participação da Turquia na ofensiva que as tropas do país e curdas estão realizando sobre Mossul, o último grande reduto do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Em declarações divulgadas pela emissora "Al-Iraquiya", Al Abadi negou as informações publicadas ontem sobre um eventual acordo entre os governos dos dois países em relação ao apoio turco à operação. A notícia coincidiu com a visita à Ancara do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, que hoje se encontra em Bagdá.

Al Abadi ressaltou que a batalha de Mossul é iraquiana. "Ela está sendo realizada e liderada pelos iraquianos. "Libertaremos Mossul em breve e não vamos permitir a intervenção de qualquer força na ofensiva", disse o primeiro-ministro.

"Se os turcos querem participar, agradecemos, mas este é um assunto que será tratado de iraquianos. Se o Iraque precisar de ajuda, pedirá à Turquia e a outros países da região", explicou.

Já o secretário de Defesa dos EUA disse que o país coopera com o Iraque há anos e acrescentou que Washington apoia a ofensiva por meio da coalizão internacional liderada pela Casa Branca.

"A batalha de Mossul é decisiva e todos temos que apoiá-la. Além disso, temos que pensar no período depois da libertação", indicou.

Na viagem de ontem a Ancara, Carter afirmou que os EUA querem contar com a Turquia nas operações contra o EI, apesar de os detalhes dessa participação ainda estarem sendo elaborados.

O ponto mais polêmico da relação turco-americana é o papel das milícias curdas na Síria. Para Washington, elas são o mais firme aliado na luta contra os jihadistas. Para Ancara, se tratam de organizações terroristas devido aos vínculos com a guerrilha curda da Turquia, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

EFE   
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