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Oriente Médio

Forças curdo-árabes começam ofensiva para libertar Raqqa, na Síria

6 nov 2016 - 12h42
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As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada curdo-árabe apoiada pelos Estados Unidos, anunciaram neste domingo o início de uma "ampla campanha militar" para libertar a cidade de Raqqa, o principal reduto do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria e capital do autodenominado "califado".

O anúncio foi realizado pelo comando geral das FSD, em comunicado divulgado em sua página oficial do Facebook, no qual especifica que, em uma primeira fase, será feito o isolamento da cidade, para posteriormente entrar nela.

Após o início da ofensiva, foram registrados confrontos entre as milícias rebeldes e os combatentes jihadistas nos arredores das populações de Laqta e Al Haisha, ambas situadas ao norte de Raqqa, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O OSDH acrescentou que em Laqta os confrontos entre o EI e as FSD estão sendo bastante violentos.

Já em Al Haisha, os combates são intermitentes e se desenvolvem em paralelo a ataques da aviação da coalizão internacional contra as posições dos jihadistas.

No comunicado de hoje, as FSD solicitaram o apoio das forças internacionais e pediram às organizações humanitárias que se preparassem para auxiliar os moradores de Raqqa.

No mesmo comunicado, a aliança apoiada por Washington pediu que a população civil se mantenha distante das posições de concentração do EI, já que serão alvo do fogo das FSD, assim como da coalizão internacional.

Além disso, convidaram os moradores da cidade a se juntarem "às fileiras das forças libertadoras".

"As FSD e suas facções, formadas por árabes, curdos e turcomanos, libertarão a capital da organização terrorista em coordenação com as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo), as Unidades de Proteção da Mulher (YPJ, sigla em curdo) e a aliança internacional", diz a nota.

Além disso, de acordo com o comunicado, foi formado um centro de operações, chamado "a Ira do Eufrates", para dirigir o processo e coordenar as ações das distintas facções que participam da ofensiva.

O comando geral explicou que "as operações da Ira do Eufrates avançarão com firmeza e determinação até conseguir seu fim, que é isolar, e depois fazer cair a capital do terrorismo mundial"

O principal componente das FSD é a milícia curdo-síria YPG, uma organização que a Turquia considera terrorista e uma simples extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em curdo), a guerrilha que cometeu vários atentados contra as forças de segurança turcas.

O porta-voz da Frente dos Revolucionários de Raqqa, uma das facções que participam das FSD, Mahmoud Hadi, explicou à Efe há três dias que seu grupo estava preparando esta operação, na qual as FSD rejeitam a participação da Turquia, que participa de uma ofensiva contra o EI no norte da Síria.

EFE   
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