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Oriente Médio

Famílias de líderes estrangeiros do EI fogem de Al Raqqa, segundo OSDH

11 mar 2017 - 07h52
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Cerca de 300 famílias de líderes estrangeiros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) fugiram de Al Raqqa, na Síria, nas últimas 36 horas devido ao cerco imposto à cidade por forças curdas apoiadas pelos Estados Unidos, informou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os familiares deixaram a cidade atravessando o rio Eufrates em botes e depois fugiram rumo a áreas rurais ao sul, na província de Deir ez Zor, e para a região de Hama, no centro do país.

Além disso, vários familiares de líderes sírios do EI também começaram a deixar Al Raqqa, que é considerada a capital do "califado" proclamado em 2014 pelos jihadistas.

Segundo o OSDH, os xeques das mesquitas instruíram todos os cidadãos de Al Raqqa a pegarem armas para defender a cidade e disseram que quem não fizer isto será considerado um "traidor".

A fuga das famílias dos líderes do EI acontece depois que as Forças Democráticas da Síria (FSD), milícias lideradas por tropas curdas treinadas e apoiadas pelos EUA, conseguiram estabelecer um cerco à cidade.

Nos últimos dias, as FSA bloquearam a estrada que une Al Raqqa e a cidade de Deir ez Zor, que também está sob o controle dos jihadistas, e tomaram vários povoados em torno de Al Raqqa.

Os aviões de guerra da coalizão internacional também realizaram vários bombardeios nos dois últimos dias contra localidades próximas a Al Raqqa.

Pelo menos quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas neste sábado por uma série de bombardeios na cidade de Hamra Blasim. Já na última quinta-feira, 30 pessoas, 24 civis e 6 combatentes do EI, perderam a vida em ataques aéreos na cidade de Al Matab.

O governo americano aprovou esta semana o envio de um contingente de 400 soldados que se somarão a outros 500 que já operam em território sírio em apoio às FSD dentro da operação "Ira do Eufrates", lançada em novembro do ano passado com o objetivo de expulsar o EI de Al Raqqa.

EFE   
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