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Oriente Médio

EUA não descartam enviar mais tropas à Síria para tomada de Al Raqqa

23 fev 2017 - 01h00
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O chefe do Comando Central dos Estados Unidos, o general Joseph Votel, afirmou nesta quarta-feira a veículos de comunicação americanos que seu país poderia enviar mais tropas à Síria para acelerar os avanços de seus aliados sobre Al Raqqa, capital de facto do Estado Islâmico (EI).

Em uma viagem ao Oriente Médio, Votel reconheceu que os Estados Unidos poderiam "tomar parte da carga" para libertar a cidade síria de Al Raqqa, onde o EI se fortaleceu para controlar vastas extensões de terreno na Síria e Iraque.

Por enquanto, os Estados Unidos têm cerca de 500 membros das forças especiais para oferecer apoio tático e de inteligência às milícias curdas e árabes das Forças da Síria Democrática (FSD) no norte da Síria em seus avanços contra os jihadistas do EI.

Além disso, os americanos estão apoiando pelo ar os avanços de tropas moderadas na Síria, ao mesmo tempo em que auxiliam tropas locais no Iraque para expulsar o EI de Mossul, seu maior bastião no país vizinho.

Por sua vez, oporta-voz da missão americana contra os jihadistas na Síria e no Iraque, o coronel John Dorrian, assegurou hoje em uma teleconferência que "a pressão está funcionando" e o EI "está se tornando muito mais paranoico" em Al Raqqa perante a pressão militar e a preparação de uma operação para tomar a cidade.

"Estão aumentando o controle da população em Al Raqqa, com a destruição de televisores, apreendendo telefones celulares e antenas de satélite com o objetivo de controlar o acesso às notícias", explicou Dorrian.

Dorrian disse ainda que Votel já transmitiu suas opções e propostas a Donald Trump para acelerar as operações contra o EI, como havia solicitado o presidente americano, que poderia anunciar uma nova estratégia em poucas semanas.

O porta-voz não quis esclarecer se, como no caso dos preparativos para a tomada de Mossul, os Estados Unidos aumentarão o número de tropas americanas na Síria.

No Iraque, o número de soldados americanos ronda os 5.000 com o objetivo de auxiliar, treinar e compartilhar inteligência com seus parceiros militares no terreno.

EFE   
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