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Oriente Médio

EUA enviam mais 400 soldados para operações contra EI na Síria

9 mar 2017 - 14h37
(atualizado às 15h22)
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Os Estados Unidos ordenaram o envio de 400 membros da Infantaria da Marinha e das forças especiais dos Rangers para a Síria, para tomar posições antes do início da ofensiva sobre Al Raqqa, principal bastião do Estado Islâmico (EI), confirmou nesta quinta-feira o Pentágono.

Esses soldados começaram a se posicionar na Síria, elevando o papel militar dos EUA na guerra civil do país árabe, indicou hoje o coronel John Dorrian, porta-voz da missão americana contra o EI no Iraque e na Síria.

Em uma audiência no Senado dos EUA, o chefe do Comando Central, encarregado das operações no Oriente Médio, o general Joseph Votel, confirmou o envio destes soldados.

Votel disse no Comitê das Forças Armadas do Senado que a medida está pensada para dar apoio de artilharia, realizar operações de missão avançada e assegurar-se que o progresso em direção a Al Raqqa não perde força.

Os membros da Infantaria da Marinha e dos Rangers que chegarão à Síria se somam a cerca de 500 soldados de forças especiais já no terreno e representam uma primeira escalada na postura militar dos Estados Unidos nesse país desde que Donald Trump chegou à presidência em janeiro.

O Pentágono informou Trump de opções para acelerar a guerra contra os jihadistas do EI e outros grupos terroristas que aproveitaram o caos da guerra civil síria e a instabilidade no Iraque para ocupar território.

A equipe do novo presidente está considerando planos para tomar Al Raqqa, transformada no principal bastião do EI na Síria, enquanto as tensões aumentam nos preparativos desses avanços com tropas turcas, curdas, russas e aliados do governo sírio competindo para tomar posições estratégicas.

Este tipo de medida indica que os Estados Unidos poderiam estar se preparando para dar cobertura de artilharia a forças aliadas locais na tomada de Al Raqqa, para o que deveriam situar-se a cerca de 30 quilômetros da linha de frente.

Os Estados Unidos estão apoiando as Forças da Síria Democrática (FSD), que inclui facções curdas, algo que não agrada a Turquia, que está operando na Síria com a prioridade de evitar que os curdos controlem todo o norte da Síria ao longo de sua fronteira.

A Rússia e as forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, também estão tomando posições nos arredores de Manbij, dificultando assim os avanços dos aliados turcos na Síria rumo a esse local, no qual se estabeleceram os americanos e seus aliados.

EFE   
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