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Oriente Médio

EUA começam a usar infantaria da Marinha no conflito da Síria, afirma jornal

8 mar 2017 - 21h13
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Soldados da infantaria da Marinha dos Estados Unidos começaram a ser usados no conflito da Síria, elevando o papel militar americano na guerra civil do país, informaram nesta quarta-feira fontes do Departamento de Defesa ao jornal "The Washington Post".

O uso da infantaria da Marinha na Síria para se unir aos cerca de 500 soldados das forças especiais que já estão no terreno, representa uma primeira escalada na postura militar dos EUA no país desde que Donald Trump chegou à presidência em janeiro.

O Pentágono enviou a Trump um relatório com opções para acelerar a guerra contra os jihadistas do Estado Islâmico e outros grupos terroristas que aproveitaram o caos da guerra civil na Síria e a instabilidade no Iraque para conquistar vários territórios.

A equipe do novo presidente está avaliando planos para retomar Al Raqqa, transformada em "capital" do Estado Islâmico na Síria, enquanto as tensões no país crescem com os preparativos dessa ofensiva com tropas turcas, curdas russas ou de fiéis ao governo de Bashar al Assad competindo para garantir posições estratégicas.

Os membros da Infantaria da Marinha dos EUA na Síria fazem parte de um contingente expedicionário mobilizado em navios de guerra em outubro. Eles saíram de San Diego, na Califórnia.

As fontes do "Post" não especificaram quantos soldados fazem parte desse grupo. O tipo de movimentação, porém, indica que os EUA podem estar se preparando para dar cobertura de artilharia às forças locais armadas na tomada de Al Qaeda, ficando a pelo menos 30 quilômetros da linha de frente de combate.

As revelações foram feitas pelo "Post" depois de fontes sírias terem publicado na internet fotos de vários blindados americanos da unidade de elite Rangers avançando em direção à cidade de Manbij, considerada estratégica para reconquistar Al Raqqa.

Os EUA estão apoiando o grupo Forças da Síria Democrática, do qual fazem parte milícias curdas, algo que não agrada a Turquia, que opera na Síria com a prioridade de evitar que os cursos controlem todo o norte do país vizinho ao longo de sua fronteira.

A Rússia e as tropas leais a Al Assad também estão tomando posições nos arredores de Manbij, dificultando os avanços dos aliados turcos na Síria em direção à cidade.

EFE   
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