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Oriente Médio

Estado Islâmico usa gás químico em ataque na Síria

27 nov 2016 - 07h37
(atualizado às 11h20)
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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) realizou um ataque com gás químico no norte da Síria, segundo informaram fontes do Exército turco neste domingo, após a internação de 22 combatentes afetados.

"Vinte e dois membros opositores mostram em seus olhos e corpos sintomas de terem estado expostos a gás químico após um ataque com mísseis do EI na região de Haliliye, na Síria", disseram fontes do Estado-Maior turco citadas pelo jornal "Hürriyet".

As fontes, que não detalharam quando aconteceu o ataque, indicaram que o EI transformou obuses de artilharia em armas químicas com cloreto, com o que se confirma a suspeita que a Turquia já havia alertado, que os jihadistas recorrem a ataques químicos na região de Al Bab, no norte da Síria.

Os combatentes afetados, membros do Exército Livre da Síria (ELS), foram transferidos à província turca de Kilis, situada na fronteira com a Síria, onde foram hospitalizados e submetidos a um tratamento em uma unidade especializada em danos causados por armas químicas, biológicas e radioativas.

De acordo com a agência semipública turca "Anadolu", esses combatentes apresentavam náuseas e fortes dores de cabeça, que são os primeiros sintomas de um ataque químico.

Em comunicado, o Exército turco também informou que um combatente morreu e outros 14 ficaram feridos em confrontos contra o EI com parte da operação turca "Escudo de Eufrates", iniciada em 24 de agosto com a entrada das forças armadas turcas em terreno sírio, em apoio ao ELS.

Além disso, as bombas de caças-bombardeiros das Forças Aéreas turcas destruíram quatro alvos do EI.

Entre 300 e 500 soldados turcos participam dessa operação, a mais ambiciosa já lançada pela Turquia em solo sírio desde o início do conflito no país árabe, em 2011.

As autoridades turcas indicaram que a operação se dirige tanto contra o EI como contra as Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curdo-síria que conta com o apoio dos Estados Unidos, mas que Ancara combate por considerá-la uma organização terrorista.

Foto mostra soldados sírios no campo de Handarat, norte de Aleppo, no dia 24 de setembro
Foto mostra soldados sírios no campo de Handarat, norte de Aleppo, no dia 24 de setembro
Foto: EFE
EFE   
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