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Oriente Médio

Ataque a barco com refugiados mata ao menos 31 no Iêmen

17 mar 2017 - 09h22
(atualizado às 10h14)
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Embarcação transportando refugiados somalis é atacada por helicóptero perto do porto de Hodeida, controlado pelos rebeldes houthis, que culpam a coalizão árabe pelo ataque.Ao menos 31 refugiados somalis morreram, entre eles mulheres e crianças, e dezenas ficaram feridos perto do Estreito de Bab-el-Mandeb, no Iêmen, quando um helicóptero disparou contra a embarcação na qual viajavam, segundo autoridades iemenitas. O ataque também deixou dezenas de feridos.

Não está claro quem é responsável pelo ataque, que teria sido executado com um helicóptero Apache.
Não está claro quem é responsável pelo ataque, que teria sido executado com um helicóptero Apache.
Foto: Getty Images

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o número de mortos é de pelo menos 31 e 80 sobreviventes foram levados para hospitais. Uma autoridade portuária local disse que 33 pessoas morreram.

Não está claro quem é responsável pelo ataque, que teria sido executado com um helicóptero Apache. A agência de notícias Saba, controlada pelos rebeldes, afirmou que o ataque foi executado pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, que apoiam o presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi.

Um guarda costeiro afirmou à agência de notícias Reuters que os refugiados, que tinham consigo documentos oficiais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), iam do Iêmen para o Sudão quando foram atacados por um helicóptero Apache no Mar Vermelho.

De acordo com testemunhas, o ataque ocorreu na noite desta quinta-feira (16/03) a cerca de 50 quilômetros do porto de Hodeida, que é controlado por rebeldes houthis. A embarcação, que chegou ao porto com o auxílio de barcos de pescadores, era capitaneada por três marinheiros iemenitas e havia saído da província de Áden com cerca de 140 refugiados que fugiam dos combates no Iêmen.

O Iêmen está mergulhado numa devastadora guerra civil entre os rebeldes houthis, apoiados pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh, e as forças leais a Hadi, que contam com o apoio de uma coalizão de países árabes liderada pela Arábia Saudita.

A área onde ocorreu o ataque é palco de vários bombardeios por parte das forças da coalizão árabe, pois ela é usada pelas forças rebeldes para o contrabando de armas.

Mais de 500 refugiados já morreram neste ano no Mediterrâneo:
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