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Oceania

Austrália: avó planta maconha no quintal de casa para consumo dos filhos

A intenção de Age Kolaj era manter seus filhos e seu marido longe dos problemas - ambos tinham histórico de problemas com drogas

25 set 2013 - 10h36
(atualizado às 11h02)
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Avó de um menino de 4 anos, Age Kolaj encontrou uma maneira pouco comum de ajudar a família. No pátio dos fundos da casa em Melbourne, na Austrália, a senhora de 69 anos cultivava maconha, até ser denunciada pelos vizinhos e ir parar nos tribunais. “Eu queria manter meus filhos longe de problemas, porque eles não teriam que comprar drogas de traficantes e não roubariam”, defendeu-se a aposentada. 

O marido também era usuário de maconha. Segundo Age, os filhos são viciados e sofrem de problemas mentais. “Eu dizia para eles usarem (a nossa maconha) e não comprarem de outro lugar”, confirma a senhora, que tinha onze plantas no quintal de casa. 

De acordo com as leis australianas, a quantidade (57 kg) é mais do que o dobro do que poderia ser considerado “uso pessoal”, com uma pena que pode chegar a 15 anos de detenção. “Fui eu, ninguém mais. Eu comprei as sementes, cultivei e reguei as plantas”, admitiu Age.

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Conforme o advogado de defesa, David McKenzie, a senhora de origem albanesa cresceu na pobreza no Kosovo e chegou à Austrália ainda adolescente, onde teria sido forçada a um casamento arranjado. Mãe de quatro filhos – dois homens e duas mulheres – Age Kolaj é analfabeta e fala muito pouco inglês, apesar de estar no país há mais de 50 anos. “Ela chegou aqui sem ler nem escrever, para viver com um homem que sofria de problemas mentais”, explicou o advogado. 

McKenzie disse ainda que a única intenção da senhora era cuidar do marido e dos filhos, que já tinham um histórico de problemas com a lei e o uso de drogas. “Ela é apenas uma mãe devotada às suas duas filhas maravilhosas e seus dois filhos, nem tão maravilhosos”, acrescentou. As plantas de maconha cresciam abertamente no pátio da residência, que faz fundos com um parque. A droga foi descoberta pela polícia após uma denúncia anônima.

A juíza Lisa Hannan declarou que as circunstâncias do crime são excepcionais, por causa da falta de estudos e da história de privação e desvantagem na vida da acusada. “Essa foi uma tentativa infeliz de ajudar seus filhos e seu marido de uma maneira que a senhora considerou dos males, o menor”, declarou a juíza na hora da sentença. Age Kolaj foi condenada a dois anos em regime aberto.

Fonte: Especial para Terra
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