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Estados Unidos

BP aceita criar fundo de US$ 20 bilhões para arcar com danos

16 jun 2010 - 13h24
(atualizado às 15h20)
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Em uma reunião de mais de duas horas com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, os principais executivos da petroleira britânica BP concordaram nesta quarta-feira com a criação de um fundo independente no valor de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 36 bilhões) para garantir o pagamento de indenizações às vítimas do vazamento de petróleo no Golfo do México.

Barack Obama e Joe Biden se reúnem com executivos da BP no salão Roosevelt da Casa Branca
Barack Obama e Joe Biden se reúnem com executivos da BP no salão Roosevelt da Casa Branca
Foto: Reuters

Segundo fontes da Casa Branca, os detalhes do acordo ainda estão em negociação.

O fundo será controlado de forma independente e supervisionado pelo advogado Kenneth Feinberg, que também foi o responsável pelo fundo de compensação às vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Os recursos poderiam ser depositados ao longo de vários anos e servirão para pagar compensações financeiras às pessoas que tiveram seus trabalhos ou modos de vida prejudicados pelo vazamento.

Obama

Na noite de terça-feira, em um pronunciamento à nação transmitido ao vivo pela TV, Obama havia dito que pressionaria a BP a criar o fundo e faria a empresa pagar pelos danos causados pelo desastre.

"Nós vamos fazer a BP pagar pelos danos que sua companhia causou. E nós vamos fazer o que for necessário para ajudar a costa do Golfo e sua população a se recuperarem dessa tragédia", disse o presidente, ao afirmar que a empresa havia sido "imprudente".

A reunião desta quarta-feira, na Casa Branca, teve a presença do presidente da BP, Carl-Henric Svanberg, e o executivo-chefe da empresa, Tony Hayward, que tem sofrido muitas críticas nos Estados Unidos por sua resposta ao incidente.

Desde o início do vazamento, em abril, a empresa já gastou mais de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 2,9 bilhões) e viu o valor de suas ações cair pela metade.

Desastre

O vazamento de petróleo no Golfo do México é considerado o pior desastre ambiental da história americana e começou em 20 de abril, quando uma plataforma operada pela BP explodiu e afundou, matando 11 funcionários.

Quase dois meses depois, as diversas tentativas de solucionar o problema ainda não tiveram sucesso.

A última estimativa do governo americano, divulgada na terça-feira, é de que entre 35 mil e 60 mil barris de petróleo estejam vazando por dia no Golfo do México.

Um dispositivo colocado pela BP sobre o poço danificado, que está a uma profundidade de cerca de 1,5 mil metros, até agora tem conseguido coletar apenas em torno de 18 mil barris por dia.

No entanto, segundo Obama, o governo já disse à empresa para usar equipamentos e técnicas adicionais que, até o fim do mês, devem conseguir capturar cerca de 90% do petróleo.

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