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Estados Unidos

BP: Obama diz que estuda "de quem é bunda que deve chutar"

8 jun 2010 - 05h03
(atualizado às 05h43)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elevou o tom das críticas à British Petroleum (BP), empresa responsável pelo recente vazamento de óleo no Golfo de México, na segunda-feira à noite. Em uma entrevista concedida à rede de televisão NBC, que vai ao ar nesta terça-feira, mas cuja prévia foi divulgada na noite dessa segunda-feira, Obama disse que está vendo com os especialistas "de quem é a bunda que deve chutar" para conter o vazamento. Nas últimas semanas, o presidente norte-americano tem sido alvo de críticas, acusado de ter demorado muito para dar uma resposta ao impacto econômico do vazamento.

Obama comanda reunião na Casa Branca, sobre o vazamento do óleo na costa americana nessa segunda-feira (7)
Obama comanda reunião na Casa Branca, sobre o vazamento do óleo na costa americana nessa segunda-feira (7)
Foto: AP

À NBC, Obama disse que as reuniões com os especialistas não são um seminário colegial, que "estamos falando com eles porque são eles que potencialmente têm as melhores respostas para então sabermos de quem é a bunda que devo chutar". O presidente norte-americano disse também que desde o início esteve preocupado com a crise econômica que o vazamento poderia causar, muito antes desse "falatório" a seu respeito.

Na segunda-feira, após uma sessão na Casa Branca em que se reuniu com assessores de meio ambiente e com o responsável pela coordenação da luta contra o derramamento, o almirante Thad Allen, Obama disse que apesar de tudo "a crise será superada. Esse ecossistema é forte e as pessoas do litoral do golfo também são fortes". Segundo o presidente norte-americano, o compromisso do governo é "substancial e contínuo" para lutar contra a maré negra e reduzir as consequências econômicas para a população. Após a sessão, o presidente afirmou que depois dos últimos esforços contra o derramamento, por meio da instalação de uma espécie de funil no poço, "parte do petróleo começou a ser capturado".

O presidente dos Estados Unidos disse ainda que está pressionando a petroleira britânica BP para preparar um plano de contingência para impedir que a temporada de furacões no Caribe atrapalhe os esforços de contenção do vazamento de petróleo no Golfo do México. "Nós estamos pressionando a BP muito fortemente para garantir que todos os instrumentos estejam disponíveis para que, à medida que o petróleo seja capturado e separado adequadamente, haja recipientes para receber esse petroleo".

Os ecossistemas e hábitats afetados pelo vazamento de petróleo no Golfo do México levarão anos para se recuperar, embora a empresa petrolífera BP tenha anunciado avanços. "Lidar com o vazamento de petróleo na superfície levará dois meses", disse o almirante Thad Allen, que coordena a resposta do governo ao vazamento de petróleo, qualificado como a pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos.

Recuperação

Ainda na segunda-feira, a companhia British Petroleum (BP) fez o primeiro pagamento imediato de US$ 60 milhões para financiar um projeto destinado a construir seis barreiras de proteção no litoral do Estado americano da Louisiana, no Golfo do México, contra vazamentos de óleo. Um comunicado da empresa publicado em seu site aponta que o projeto custará um total de US$ 360 milhões e que os pagamentos seguintes serão feitos durante o processo de construção das barreiras.

O anúncio foi feito por meio de uma carta ao governador do Estado, Bobby Jindal, uma semana depois do governo americano ter apresentado à BP uma fatura de US$ 69 milhões pelos custos das operações para proteger o litoral dos estados situados no Golfo do México contra o vazamento de petróleo.

A maré negra atualmente tem 320 km de raio ao redor do poço danificado. O vazamento começou depois da explosão e afundamento no mar da plataforma petrolífera Deepwater Horizon no dia 20 de abril, em um incidente no qual 11 pessoas morreram.

Com informações de agências internacionais.

Fonte: Redação Terra
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