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Europa

Falso agente secreto rouba US$ 495 mil de pais de Madeleine

22 nov 2009 - 11h38
(atualizado às 11h44)
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Um empresário que se fez passar por um agente secreto roubou cerca de 300 mil libras (US$ 495 mil) dos pais da menina britânica Madeleine McCann, que desapareceu em 2007 na região portuguesa do Algarve.

O jornal britânico The Sunday Times publica hoje que esse foi o dinheiro que ficou Kevin Halligen, um consultor britânico em matéria de segurança, do total de 500 mil libras que recebeu dos McCann para que investigasse o desaparecimento da menina com a ajuda de vários detetives particulares.

Mas o dinheiro não foi usado para procurar a menina, segundo um amigo não identificado de Kate e Gerry McCann que é a fonte principal desta informação, e que afirma que o casal expressou sua preocupação com o comportamento de Halligen.

"Ele lhes prometeu a Lua, mas tudo deu em nada", diz este amigo dos McCann, que afirma que, quando o empresário ofereceu seus serviços, tentava passar "uma imagem de intriga e mistério, agindo como um espião ao estilo James Bond".

O Sunday Times informa que a fundação que administra o dinheiro para a busca de Madeleine McCann contratou os serviços da Oakley International, a empresa de Halligen, radicada em Washington.

Fontes próximas a este empresário explicaram que Halligen disse aos McCann que ofereceria imagens de satélite e listas das ligações telefônicas realizadas na noite que Madeleine desapareceu, para tentar encontrar pistas.

O suposto agente secreto disse aos representantes do casal que a informação seria dada por seus contatos na capital americana, mas que, em última instância, a única coisa que ofereceu foi "uma imagem tirada do Google Earth".

Os documentos aos quais o jornal teve acesso mostram que, enquanto a empresa recebia as transferências da fundação dos McCann, Halligen retirava grandes quantias para pagar viagens de primeira classe, hotéis de luxo e carros com motorista.

O contrato venceu em outubro e não foi renovado.

O perfil "vigarista" do empresário chegou à esfera pessoal, já que, há dois anos, ele organizou um casamento falso com uma advogada, a quem disse que não podia colocar seu nome real nos documentos do casamento por ser um agente secreto.

Halligen, que já era casado, contratou um ator para que se passasse por sacerdote na cerimônia.

"Está claro que este homem viu uma família vulnerável que passava por uma situação horrível e a única coisa que percebeu é que havia gente que oferecia dinheiro para ajudar a encontrar Madeleine", disse Stephen Dorrell, parlamentar da circunscrição onde moram os McCann.

EFE   
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