Em livro, Sarah Palin diz ter sido "bloqueada" por McCain
Em Going Rogue (Tornando-se a inimiga), a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, acusa John McCain, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, de tê-la "bloqueado" durante a campanha republicana para a Casa Branca em 2008, informa matéria publicada neste sábado no jornal britânico The Times.
Palin destila detalhes incômodos dos bastidores da campanha política do Partido Republicano do ano passado e conta, por exemplo, que seu contato com a mídia era, se não impedido, pelo menos desaconselhado, sendo mantida de fora de coletivas à imprensa.
Ela também traz relatos sobre sua angústia de ter tido sua vida familiar exposta durante a campanha. A ex-governadora do Alasca possui uma filha grávida (à época menor de idade) e um filho, nascido em abril de 2008, com síndrome de Down.
Além de contatos sinuosos com a imprensa e exposição da vida familiar, a matéria relata que uma das maiores polêmicas em torno de Palin é a conta monstruosa que ela e a família apresentaram com gastos em roupa e maquiagem, totalizando, ao final da campanha, US$ 150 mil.
"Efeito Palin"
Sarah Palin foi escolhida no ano passado para compor a chapa da candidatura republicana, que encontrava dificuldades para fazer campanha em cima do histórico dos dois mandatos de George W. Bush, de janeiro de 2001 a janeiro de 2009. A entrada dela aqueceu a corrida presidencial e angariou alguns pontos percentuais para McCain, o que ficou conhecido como o "Efeito Palin", mas passou longe de impedir a vitória dos democratas.
A autobiografia política, com 413 páginas, vai ser lançada oficialmente na terça-feira da semana que vem, mas já vem circulando com grande sucesso pelas livrarias dos Estados Unidos. Palin recebeu US$ 1,25 milhões para compor a obra, cuja tiragem inicial bateu na casa das US$ 1,5 milhões de cópias.
Para alguns analistas, tais números indicam que Palin ainda desfruta de grande popularidade entre os americanos, o que lhe possibilitaria disputar cargos importantes pelo partido republicano no futuro. Enquanto isso, Going Roque é "a hora do troco" de Sarah Palin.
