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Ásia

Comissão declara Karzai presidente do Afeganistão

2 nov 2009 - 09h42
(atualizado às 17h34)
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A Comissão Eleitoral Independente do Afeganistão decidiu que o segundo turno da eleição presidencial, previsto para o próximo sábado, não será realizado e declarou que o atual presidente, Hamid Karzai, vai assumir um novo mandato. A decisão ocorre depois da desistência do candidato de oposição, Abdullah Abdullah, que deixou o atual presidente, Hamid Karzai, como o único aspirante na disputa.

Karzai é declarado presidente do Afeganistão:

Nesta segunda-feira, durante visita ao país, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia pedido que a resolução para o problema fosse realizada o mais rapidamente possível. Ban ki-moon disse que a ONU seguirá dando apoio ao processo, que após denúncias de fraudes sofreu outro revés depois que o candidato de oposição Abdullah Abdullah, único rival do atual presidente Hamid Karzai, desistiu de participar da votação de 7 de novembro.

Boicote

"As ações equivocadas do Governo e da Comissão Eleitoral afegã me levam a não participar das eleições do dia 7 de novembro", afirmou Abdullah em entrevista no domingo, ao anunciar o boicote.

Durante o sábado fontes ligadas a Abdullah indicavam que aconteceria o boicote. Nas ocasiões, o Departamento de Estado americano não comentou o assunto. Abdullah ficou em segundo lugar na votação do dia 20 de agosto, atrás de Karzai. Mas as eleições foram desacreditadas após a Organização das Nações Unidas rejeitar cerca de um milhão de votos, um terço do total de Karzai, sob a acusação de que seriam falsos.

Abdullah tinha pedido ao Executivo três medidas para evitar problemas no segundo turno, entre elas a destituição do chefe da Comissão Eleitoral do Afeganistão (IEC), Azizula Ludin, mas as autoridades só deram sinal verde a incorporar 20 mil membros de sua equipe como interventores. Nem a Constituição afegã, nem a lei eleitoral dizem qual é o procedimento legal que se deve seguir se um dos dois candidatos à Chefia do Estado em segundo turno se retira da corrida eleitoral.

Nas últimas semanas, Cabul foi palco de especulações sobre um possível acordo com vistas a um Governo de concentração entre Karzai e Abdullah, embora a equipe deste último tenha negado que houvesse sequer diálogo a respeito.

Com informações da AFP, Reuters e EFE.

Fonte: Redação Terra
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