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Ásia

ONU admite "fraude generalizada" em eleições afegãs

11 out 2009 - 09h41
(atualizado às 11h40)
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O enviado especial da ONU ao Afeganistão, Kai Eide, afirmou neste domingo que houve uma "fraude generalizada" nas eleições presidenciais de 20 de agosto, embora não tenha determinado seu alcance. Em entrevista coletiva em Cabul, o chefe da missão da ONU no Afeganistão (Unama) admitiu que o processo eleitoral foi "difícil, com muitos problemas".

"O alcance desta fraude está sendo analisado agora. Não há forma de saber neste momento que nível de fraude houve. Só posso dizer que foi uma fraude generalizada", declarou.

Segundo os resultados preliminares, Karzai lidera a contagem com 55% dos votos, à frente de seu principal rival, Abdulah Abdulah, com 28%. Os resultados finais devem ser anunciados nos próximos dias.

Eide convocou uma entrevista coletiva para responder acusações de que ele teria tentado ocultar informações sobre o tamanho da fraude no pleito afegão. Um adjunto de Eide, Peter Galbraith, foi recentemente destituído do cargo depois de uma discussão com seu chefe sobre a forma como a ONU havia tratado a questão da fraude.

Visivelmente enojado, Eide declarou: "Algumas destas acusações estão baseadas em conversas privadas que mantivemos quando ele (Galbraith) foi convidado à minha casa. Minha postura é que as conversas particulares durante um jantar em minha casa devem continuar sendo particulares".

Peter Galbraith foi destituído no dia 30 de setembro pelo secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon, mas passou imediatamente à ofensiva, declarando que a decisão enviava um "sinal terrível" a respeito da vontade da ONU de combater as fraudes eleitorais.

Segundo Eide, 30% dos votos de Karzai são fraudados. Os observadores da União Europeia chegaram a conclusão semelhante, considerando que 1,5 milhão de votos são "suspeitos"; destes, 1,1 milhão beneficiaria Karzai, e 300.000 seriam em prol de Abdulah.

A Isaf, coalizão da Otan no Afeganistão, anunciou neste domingo que um soldado americano morreu ontem (sábado) vítima da explosão de uma bomba de fabricação caseira. Desde o começo do ano, pelo menos 408 militares estrangeiros - entre eles 342 americanos - morreram no Afeganistão, segundo um cálculo da AFP.

Com informações da AFP.

EFE   
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