Tempestade tropical Ketsana matou 277 nas Filipinas
Pelo menos 277 pessoas morreram, outras 42 continuam desaparecidas e 2,5 milhões estão desabrigadas após a devastadora passagem do tufão Ketsana pelo norte das Filipinas, segundo a última apuração de vítimas divulgada nesta quinta.
O Conselho Nacional de Coordenação de Desastres elevou em 31 os mortos e em quase 300 mil os desabrigados pelo temporal em Manila e 25 províncias divisórias, onde 375 mil pessoas estão em centros de refugiados.
Os prejuízos econômicos por danos a infraestruturas e plantações ascendem já a quase 4,8 bilhões de pesos (70 milhões de euros). Em apenas doze horas, o temporal despejou uma quantidade de chuva muito superior à média mensal nesta época do ano, batendo o recorde anterior de 1967, e inundou 80% da capital.
O extremo norte de Luzon agora precisa prepara-se para um novo temporal, Parma, que poderá chegar nas próximas horas à ilha se não se desviar para Taiwan. A tempestade está cerca de 600 quilômetros ao oeste das Filipinas e avança rumo ao arquipélago a uma velocidade de 24 km/h.
Seus ventos de 150 km/h e sequências de até 180 km/h podem transformá-lo em um "super tufão" quando alcançar o norte de Luzon no sábado ou as ilhas Batanes, que separam às Filipinas de Taiwan, segundo Mario Palafox, meteorologista de Pagasa.
As autoridades pediram extremar a precaução aos habitantes das zonas litorâneas ameaçadas por temor a enchentes e deslizamentos de terras. Filipinas sofrem a cada ano entre 15 e 20 tufões durante a estação chuvosa, que costuma durar de junho a dezembro.