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Oriente Médio

EUA rejeitam relatório "anti-Israel" da ONU sobre Gaza

29 set 2009 - 09h23
(atualizado às 09h42)
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Os Estados Unidos, novo membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, rejeitaram nesta terça o relatório apresentado pela missão investigadora da organização sobre a ofensiva israelense contra Gaza, em janeiro, por considerá-lo parcial e antiisraelense.

O relatório, que determinou que Israel e o movimento islâmico palestino Hamas cometeram crimes de guerra durante a ofensiva militar israelense em Gaza, foi apresentado hoje aos membros do CDH pelo presidente da missão de investigação, o juiz sul-africano Richard Goldstone.

Em discurso pouco depois do feito pelo embaixador israelense - que também rejeitou as conclusões -, o secretário de Estado adjunto para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho dos EUA, Michael Posner, qualificou o relatório como "profundamente parcial" e "fraco" em sua metodologia.

Posner também denunciou o tratamento que Israel recebe no CDH em geral, dominado por países islâmicos e não-alinhados.

"Não se pode fazer uma equivalência moral entre Israel, um estado democrático com direito à autodefesa, e o grupo terrorista Hamas, que respondeu à retirada israelense de Gaza aterrorizando os civis no sul de Israel", disse o representante dos EUA, sobre o relatório.

O documento constata que, durante a ofensiva, 1,4 mil civis palestinos morreram, além de três civis israelenses e dez soldados do país.

A rejeição dos EUA ao relatório se produz apesar dos pedidos de diversas ONGs, entre elas Human Rights Watch, a Obama para que aceite o documento como forma de fazer avançar o processo de paz na região.

Antes do discurso de Posner, o embaixador israelense do conselho, Aharon Leshno-Yaar, qualificou o relatório de "vergonhoso" e acusou a missão investigadora de guiar-se por motivos políticos, e não pelos direitos humanos.

EFE   
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