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Estados Unidos

CS da ONU aprova resolução contra proliferação nuclear

24 set 2009 - 10h53
(atualizado às 12h19)
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O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quinta-feira por unanimidade uma resolução proposta pelos Estados Unidos e que tem como objetivo combater a proliferação nuclear e os testes atômicos, enquanto se protege os materiais físseis.

Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas participam de reunião na sede da organização, em Nova York
Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas participam de reunião na sede da organização, em Nova York
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que preside a reunião, afirmou hoje que a ameaça nuclear aumentou sua complexidade e, portanto, são necessárias "novas estratégias e novas atitudes".

A resolução 1.887 pede aos países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) que respeitem suas obrigações e pressiona aos que não assinaram o acordo a fazer isso.

O documento, que expressa a grave preocupação do Conselho sobre a ameaça da proliferação nuclear, também pede a todas as nações para negociar uma redução do armamento nuclear.

Além disso, prevê uma melhora da segurança dos materiais físseis, para impedir que caiam nas mãos de terroristas, através de medidas como a redução do uso civil de urânio altamente enriquecido ou a realização no próximo ano de uma cúpula sobre segurança nuclear.

O Conselho, segundo a resolução, tomará medidas diante de tentativas de oferecer material físsil ou armas nucleares aos terroristas. A medida aprovada hoje exige, precisamente, o cumprimento em sua totalidade de resoluções anteriores ao Irã e à Coreia do Norte, e pede às partes envolvidas que encontrem uma solução negociada o mais rápido possível.

Em um breve discurso no começo do encontro, o primeiro deste tipo liderado por um presidente americano, Obama disse que, diante dos países que insistem em buscar armamento nuclear, a comunidade internacional deve responder em uma única voz.

"Devemos mostrar que o direito internacional não é uma promessa vazia e que o mundo responderá às ameaças", disse Obama, que fez da luta contra a proliferação um dos eixos de sua política externa e lançou uma proposta para, no futuro, conseguir um mundo sem armas nucleares.

Obama lembrou que Washington está em negociações para assinar um novo tratado de redução de ogivas nucleares com a Rússia.

Além disso, acrescentou, seu país busca a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, assinado por 148 nações, mas que só entrará em vigor se for assinado por EUA, China, Índia, Indonésia, Paquistão, Israel, Egito e Coreia do Norte.

"Não temos ilusões sobre a dificuldade de conseguir um mundo sem armas nucleares", disse Obama, acrescentando que, apesar de tudo, "o mundo entende que não há diferença ou divisão que mereça destruir tudo o que construímos e tudo o que amamos".

EFE   
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