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Europa

Ex-inspetor do caso Madeleine quer reabrir investigação

3 jun 2009 - 13h59
(atualizado às 15h23)
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O ex-inspetor Gonçalo Amaral, que foi responsável pelo caso da menina britânica Madeleine McCann, disse nesta quarta que vai denunciar os pais da criança e tentará a reabertura da investigação sobre o misterioso desaparecimento, há dois anos.

Amaral foi o chefe dos detetives responsáveis de investigar o desaparecimento de Madeleine, em 3 de maio de 2007, no sul de Portugal, até renunciar, meses depois, sem conseguir provar o envolvimento dos pais na hipotética da menina.

Os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, que sempre negaram qualquer envolvimento com o desaparecimento da menina, também expressaram no mês passado sua intenção de levar Amaral aos tribunais devido às acusações feitas contra eles em um livro publicado no ano passado.

Em declarações ao jornal português Diário de Notícias, Amaral afirmou hoje que pretende analisar a investigação feita em 2007 para que o processo, arquivado em julho de 2008 por falta de provas sobre o destino de Madeleine, seja reaberto.

"É necessário discutir o que foi feito e o que se deixou de fazer", disse o ex-inspetor, que se aposentou antecipadamente há dois anos, após renunciar a seu trabalho na Polícia Judiciária.

Antonio Cabrita, um dos advogados do ex-policial, disse que a denúncia contra o casal McCann, que incluirá também o porta-voz deles, Clarence Mitchell, será formulada pelas acusações de difamação e ofensa ao bom nome de Amaral.

O ex-inspetor português foi condenado, em 22 de maio, a um ano e meio de prisão, que não terá que cumprir - exceto se cometer outro delito -, por falsidades em uma causa relacionada ao desaparecimento de uma menina portuguesa em 2004.

A sentença contra Amaral, com recurso de seus advogados, foi imposta pelo "caso Joana", uma menina de 8 anos desaparecida cuja mãe confessou, sob supostas torturas de vários policiais, tê-la matado.

Enquanto isso, o caso Madeleine continua sendo um mistério dois anos depois do desaparecimento da menina do apartamento alugado pelos pais na Praia da Luz, no Algarve, onde ela dormia com outros dois irmãos menores.

Houve uma reviravolta quando o casal de médicos britânicos foi declarado suspeito formal pelo desaparecimento da filha.

No entanto, os McCann foram eximidos dessas suspeitas quando a Justiça portuguesa fechou o sumário do caso, em 21 de julho de 2008, e rejeitou - por falta de provas - os argumentos da Polícia, que apontavam para uma morte acidental da menor e a ocultação do cadáver por parte dos pais.

EFE   
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