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Oriente Médio

Forças do Hamas recuperam controle de Gaza

19 jan 2009 - 07h06
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As forças policiais do Hamas retomaram hoje o controle na Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses continuam sua retirada.

Dúzias de agentes da Polícia do Hamas, que foram alvo das tropas israelenses durante as últimas três semanas, retornaram esta manhã às ruas principais da Cidade de Gaza, onde tentavam organizar o trânsito.

Desde que Israel começou um cessar-fogo e as milícias palestinas horas depois o seu de uma semana, cada um por seu lado, as ruas da cidade estão repletas de gente que, após semanas de clausura, pôde sair finalmente para visitar seus familiares, avaliar os danos e começar a retornar à normalidade.

Segundo o Ministério da Saúde, as vítimas fatais são mais de 1.300 e os feridos superam os 5.500.

Por sua vez, o Ministério da Habitação na região apresentou os primeiros dados de danos, que cifram o número de casas totalmente destruídas em 4.000 e danificadas mais de 20.000.

Além da Polícia, os ministérios e instituições públicas começaram também a voltar ao trabalho.

"Apesar de o ministro do Interior, Said Siyam, ter sido assassinado durante a guerra, o Ministério continua seu trabalho com base em um plano de segurança que ele aprovou", declarou aos jornalistas Ihab al-Ghusein, porta-voz desse Ministério em Gaza.

O Interior trabalhará para manter e proteger a frente interna palestina, porque isso ajudará a apoiar a resistência armada contra as agressões.

O líder máximo do Hamas em Gaza, Ismael Haniyeh, assegurou ontem em mensagem televisada que considerou o cessar-fogo um "triunfo" que "tem que abrir uma porta para o diálogo e a reconciliação interna".

Apesar da trégua, no norte de Gaza foram registrados combates entre os poucos milicianos que ainda não aceitaram o cessar-fogo e as tropas israelenses que continuam no território, segundo cadeias de rádio locais.

A maior parte das facções palestinas e seus braços armados aceitaram ontem responder o cessar-fogo unilateral de Israel com uma cessação das hostilidades de uma semana, mas alguns grupos, como a Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP), rejeitaram deixar de lutar antes que as tropas israelenses abandonem totalmente seu território.

EFE   
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