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Europa

Ucrânia assina protocolo sobre trânsito de gás

10 jan 2009 - 22h04
(atualizado às 22h54)
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A Ucrânia assinou na madrugada deste domingo (hora local) o protocolo sobre a comissão de controle do trânsito de gás russo por território ucraniano, assinado na tarde de sábado por Rússia e União Européia (UE) e que permite retomar a provisão de combustível à Europa Central.

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Pela parte ucraniana o documento foi assinado pela primeira-ministra, Yulia Timoshenko, no final de suas negociações com Mirek Topolanek, chefe de governo da República Tcheca, que exerce a Presidência rotativa da UE.

Horas antes, durante a visita de Topolanek a Moscou e suas negociações com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o protocolo foi assinado pelo vice-primeiro-ministro russo, Igor Sechin, o chefe do consórcio de gás russo Gazprom, Alexei Miller, e o ministro da Indústria e Comércio da República Checa, Martin Riman.

Segundo declarou Topolanek, o comissário europeu da Energia, Andris Piebalgs, assinou a cópia do documento e está disposto a assinar o original, elaborado com base em dois projetos ucranianos e dois russos.

O documento foi fruto do compromisso de Rússia e Ucrânia, pois, como admitiu o primeiro-ministro tcheco, "vários detalhes técnicos continuam sem ser resolvidos".

No entanto, "não podemos permitir que seja destruído o sistema de toda a Europa", disse, e por isso a UE propôs a ambos os países assinarem o texto que reflete concessões recíprocas.

A partir da assinatura do protocolo começa o desdobramento de observadores nas estações de bombeamento russas, ucranianas e dos países fronteiriços da Europa do Leste que deverão controlar a entrada do gás russo na Ucrânia e sua saída para a Europa Central.

No dia três de janeiro a Rússia acusou a Ucrânia de roubar o gás destinado aos clientes europeus e cortou a provisão.

Pouco antes, no dia primeiro, também foi suspensa a provisão de gás russo à Ucrânia.

As negociações, que durante os últimos três dias foram sustentadas em Moscou por Oleg Dubina, presidente da Naftogaz Ucrânia, não deram resultado.

"Está sendo proposto à Ucrânia comprar a US$ 450 o metro cúbico de gás, preço que praticamente não existe na Europa", disse hoje Dubina em seu retorno de Moscou, e expressou a opinião que a partir de agora "as negociações deverão continuar em outro nível", se referindo aos chefes de governo e de Estado.

EFE   
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