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Grécia: cenários para a saída e para a permanência na Eurozona

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BRUXELAS, 15 Mai 2012 (AFP) -Após o anúncio de novas eleições na Grécia, feito nesta terça-feira pelo líder do Pasok, Evangelos Veizelos, o país caminha para quatro cenários possíveis: a saída do euro, a não aplicação do plano de austeridade com a permanência na Eurozona, a suavização da austeridade e a aplicação das reformas e permanência na zona.

- Saída do euro

Durante muito tempo impensável, este cenário voltou a ser plausível após as legislativa gregas, que não deram a maioria a nenhum partido, mas que colocaram em evidência a importância dos partidos opostos à austeridade.

Atenas tenta desde então formar um governo. Na terça-feira, a presidência grega confirmou a celebração de novas eleições ante a impossibilidade de acordo dos partidos políticos.

O risco de que os opositores à austeridade - em particular a esquerda radical- se convertam em maioria nos novos comícios e rejeitem realizar as reformas exigidas em troca de ajuda pode implicar na saída da Grécia do euro.

Para os gregos, o preço a ser pago pode ser considerável: teriam uma moeda desvalorizada e uma alta da inflação. Isto significa mais desemprego e o risco de cair em uma recessão ainda mais dura, apesar de a desvalorização poder dinamizar as exportações do país.

- A não aplicação do plano de austeridade, mas com a permanência na zona do euro

A Grécia pode formar um governo contra a austeridade, mas que quer permanecer na zona do euro, como é o desejo de dois terços da população.

Isso poderia levar o país rapidamente para um beco sem saída, pois os credores de Atenas (UE e FMI) cortariam seus empréstimos, o que provocaria o default (calote) grego e colocaria os bancos gregos e europeus em grandes dificuldades, com o risco de contágio aos outros países frágeis da zona como Espanha, e com o tempo, a implosão da própria zona do euro.

- Suavização da austeridade

A ideia está totalmente descartada na zona do euro, já que os responsáveis políticos temem abrir a caixa de Pandora. O ministro alemão de Finanças, Wolfgang Sch¤uble, repetiu na segunda-feira que está hipótese é impossível e esta opção seria difícil de ser aceita pela opinião pública europeia.

Contudo, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, não exclui "uma prolongação dos prazos", o que implicaria em um período adicional aos gregos para respeitar o programa tal como foi negociado em março.

- Aplicação das reformas e permanência na zona do euro

Neste cenário ideal, Atenas implementaria as medidas de austeridade exigidas pelos credores e com o tempo o governo grego conseguiria estabilizar a economia do país.

may-cel/aje/ob/af/eg/wm

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