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Mundo

Comissário de Zelaya diz que sem restituição não há acordo

1 nov 2009 - 17h10
(atualizado às 18h30)
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O representante de Manuel Zelaya na Comissão de Verificação do acordo assinado entre o presidente deposto e o governo de facto de Honduras, Jorge Reina, assegurou neste domingo que se o Congresso não votar a favor da restituição do governante destituído no poder, o pacto está desfeito.

"Certamente seria quebrado se o Congresso der um passo perigoso contrário aos interesses do povo hondurenho", afirmou Reina, embaixador de governo de Zelaya diante das Nações Unidas, na chegada a Tegucigalpa após ser nomeado seu representante na Comissão de Verificação que será constituída nesta segunda-feira.

Além disso, assim como assegurou ontem o próprio Zelaya, ele considerou que o Congresso deve emitir sua decisão antes de quinta-feira, data limite segundo o Acordo de Tegucigalpa-San José. "Na quinta-feira tudo deve estar definido", declarou Reina aos jornalistas.

Pressionados pela comunidade internacional e pelos Estados Unidos, Zelaya e o governo de facto firmaram um acordo na última sexta-feira segundo o qual o Congresso vai decidir se restitui o poder ao líder derrubado no golpe do dia 28 de junho, que acusava o então presidente de violar a constituição para garantir sua reeleição.

Segundo o acordo, o Congresso de Honduras deve decidir, depois de uma opinião do Supremo Tribunal, se restitui Zelaya ao poder. Contudo, ainda não há uma data determinada para essa votação.

Zelaya diz que ela deve ocorrer antes de quinta-feira, enquanto representantes do governo de facto de Roberto Micheletti dizem que se deve esperar até as eleições, em 29 de novembro.

Os parlamentares do Partido Liberal, ao qual pertencem tanto Zelaya quanto Micheletti, estão divididos. A situação coloca os deputados do Partido Nacional sob pressão para reverter o apoio que deram à destituição de Zelaya e à nomeação de Micheletti numa votação do Congresso. Porém, até agora, eles evitaram estabelecer uma posição.

EFE   
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