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Europa

Terrorista de Nice se radicalizou muito rápido, diz ministro do Interior

16 jul 2016 - 10h05
(atualizado às 14h28)
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O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, afirmou neste sábado que o autor do massacre que na quinta-feira deixou em Nice 84 mortos "se radicalizou muito rapidamente" segundo os primeiros indícios.

Ao término de um conselho restrito de defesa e segurança e de uma reunião interministerial no Palácio do Eliseu, Cazeneuve indicou que assim mostram os testemunhos de pessoas de seu entorno.

O ministro acrescentou que a forma na qual o tunisiano Mohammed Boulhel perpetrou seu crime é nova, porque "embora tivesse uma pistola, não tinha armas de grande destruição e nem explosivos" quando atropelou as pessoas com um caminhão no avenida beira mar dessa cidade durante a celebração da Festa Nacional.

Sua atuação, segundo Cazeneuve, mostra "a extrema dificuldade da luta antiterrorista, porque estamos perante indivíduos sensíveis às mensagens do Estado Islâmico" (EI), que perpetram "ações extremamente violentas sem necessariamente ter combatido, ter sido treinados ou disporem, de armas para cometer crimes maciços".

"Estamos perante um novo desafio", disse o ministro.

Cazeneuve compareceu perante os meios de comunicação junto com o porta-voz governamental e ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, e junto do responsável de Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Este último afirmou que mentes como a do terrorista de Nice foram "debilitadas" pelas constantes mensagens lançadas pelos terroristas do EI, que embora não organize esse tipo de crime, sim "insufla esse espírito terrorista".

Há várias semanas, segundo lembrou Le Drian, a organização jihadista tinha repetido "que iria atacar diretamente e inclusive individualmente franceses, principalmente, americanos, através de qualquer meio".

O titular da Defesa recalcou que, como ocorreu em outras ocasiões, o EI reivindicou posteriormente a autoria do massacre.

Neste último caso, a agência de notícias "Amaq", vinculada aos jihadistas, afirmou hoje que um "soldado" do EI é o autor desse atentado, o pior na Europa em 2016 e oito meses depois do que em novembro tirou a vida de 130 pessoas.

EFE   
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