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Europa

Alemanha: refugiado é detido acusado de estuprar estudantes

6 dez 2016 - 13h37
(atualizado às 14h08)
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Um refugiado iraquiano de 31 anos foi preso nesta terça-feira em Bochum (oeste da Alemanha) acusado de duas agressões sexuais, apenas três dias após a detenção de outro requerente de asilo, um menor afegão, acusado de estuprar e matar uma estudante de 19 anos.

O novo caso aconteceu em meio ao debate gerado na Alemanha após a detenção afegão de 17 anos em Freiburg (sudoeste), que fez com que o governo alemão e grande parte da classe política do país pedissem calma perante as críticas da extrema direita à política migratória.

No caso de Bochum, a promotoria informou nesta terça em entrevista coletiva que mostras de DNA encontradas nas cenas dos crimes comprovam que o detido cometeu as duas agressões sexuais graves.

O iraquiano é acusado de tentativa de assassinato, tentativa de estupro, estupro consumado, dois crimes de lesões graves e roubo, pois ficou com o dinheiro de uma de suas vítimas.

Além disso, as forças de segurança têm como indícios a localização de seu celular nos dias dos fatos e a fotografia tirada por uma jovem que o descobriu entre arbustos de forma suspeita pouco antes de sua detenção.

"O resultado do teste de DNA é claro", ressaltou Roland Wefelscheid, promotor e diretor da Comissão Criminal de Bochum, ao afirmar que quem cometeu os crimes é a pessoa fotografada.

O refugiado iraquiano, por sua vez, rejeitou todas as acusações da promotoria, que o classifica de "suspeito fundado".

O primeiro caso aconteceu no início de agosto e teve como vítima uma estudante chinesa de 21 anos, enquanto o segundo aconteceu já em dezembro, sendo a vítima uma universitária de 27 anos também de origem chinesa.

Nos dois ataques, registrados no distrito universitário de Bochum, o agressor exerceu uma grande violência contra as vítimas, dando golpes no pescoço e na cabeça das jovens para anular sua resistência, explicou a promotoria.

No último sábado, um afegão de 17 anos foi detido em Freiburg acusado de estuprar e matar uma estudante de 19 anos em outubro, quando voltava para casa após uma festa.

O governo e grande parte da classe política alemã pediram calma nos últimos dias, depois que o caso reavivou o debate sobre a política migratória no país, instigado pelas críticas do partido de extrama-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

EFE   
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