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Europa

Rebeldes pró-Rússia derrubaram MH 17, diz CIA alemã

Foram os separatistas pró-russos, disse o presidente da BND, Gerhard Schindler

19 out 2014 - 18h41
(atualizado em 5/12/2018 às 16h25)
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<p>O governo de Kiev culpa os rebeldes pelo incidente e acusa Moscou de armá-los, mas os rebeldes e governo russo negam as acusações</p>
O governo de Kiev culpa os rebeldes pelo incidente e acusa Moscou de armá-los, mas os rebeldes e governo russo negam as acusações
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters

Uma investigação da agência de inteligência da Alemanha concluiu que os rebeldes pró-Rússia são os culpados pela derrubada do voo MH17 da Malaysia Airline na Ucrânia, em julho. A notícia foi publicada na revista semanal do país Der Spiegel, neste domingo.

Com isso, a agência alemã BND é a primeira da Europa a fazer tal afirmação.

A queda em território controlado pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia em 17 de julho matou todos os 298 passageiros e tripulantes e levou a uma maior deterioração das relações entre o Ocidente e o governo russo, que estão em disputa sobre o papel da Rússia na crise ucraniana.

O presidente da BND, Gerhard Schindler, disse a uma comissão parlamentar secreta sobre assuntos de segurança no início deste mês que os separatistas tinham usado um sistema de defesa antimísseis russo Buk em uma base ucraniana para disparar um foguete que explodiu perto do avião da Malaysia Airline, segundo a Der Spiegel.

"Foram os separatistas pró-russos", disse ele, de acordo com a revista.

A agência de inteligência externa da Alemanha concluiu que os rebeldes eram os culpados após uma análise detalhada com base em fotos de satélite e de outras fontes, disse a Der Spiegel. Ninguém na agência estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

Kiev culpa os rebeldes pelo incidente e acusa Moscou de armá-los, mas os rebeldes e governo russo negam as acusações.

Receio com os russos

Os governos europeus têm evitado até agora culpar alguém, mas logo depois da queda, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que havia fortes evidências de que os separatistas apoiados por Moscou tinham derrubado o avião.

O governo holandês, que tem duas investigações em curso sobre a derrubada do avião, ainda tem de determinar quem foi o responsável.

Dois terços dos passageiros eram holandeses.

Um relatório preliminar do Conselho de Segurança da Holanda afirmou no mês passado que o avião caiu devido a um "grande número de objetos de alta energia" do lado de fora da aeronave, mas não chegou a conclusões sobre a origem deles.

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