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Europa

PSOE opta por se abter para permitir que Rajoy governe e evitar nova eleição

23 out 2016 - 11h31
(atualizado às 12h43)
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A direção do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) decidiu neste domingo por maioria se abster durante a segunda votação de posse no parlamento para permitir que o conservador Mariano Rajoy governe o país após um impasse de dez meses.

Segundo confirmaram fontes socialistas, a abstenção venceu por 139 votos a favor e 96 contra após uma votação na qual participaram 237 membros do chamado Comitê Federal, órgão máximo do partido entre Congressos.

A decisão de hoje põe um fim ao bloqueio institucional na Espanha, cujo governo está interino há mais de 300 dias.

Após quatro horas de debate, a maioria dos socialistas optou pela abstenção frente aos partidários do "não" a Rajoy, o setor alinhado com o ex-secretário geral do partido Pedro Sánchez, que foi forçado a renunciar em 1 de outubro precisamente por manter sua recusa a um governo conservador.

A resolução afirma que deve ser acatada pelo grupo parlamentar socialista no Congresso dos Deputados (85 cadeiras), apesar de para a semana que vem ficar por decidir se serão todos os deputados, parte deles, ou apenas os 11 necessários para que Mariano Rajoy seja investido presidente do Governo.

O parlamento espanhol é formado por 350 cadeiras. Em uma primeira sessão de posse, o candidato necessita de maioria absoluta; isto é, 176 deputados, apesar de em uma segunda bastar apenas mais 'sims' do que nãos.

O PSOE, dirigido por uma comissão gerente desde a renúncia de Sánchez, já antecipou que votará "não" na primeira sessão e hoje confirmou que se absterá na segunda.

Os socialistas explicaram que a decisão corresponde à necessidade de "desbloquear a excepcional situação institucional no país".

O texto da resolução acrescenta que "ninguém esconde que não é uma decisão fácil, mas também não contemplamos o exercício da responsabilidade política, nesta conjuntura certamente excepcional, como uma carga que nos resulte alheia ou incompatível com o papel que viemos desempenhando em nossa democracia constitucional".

A partir de hoje mesmo, o calendário político previsível começa nos dias 24 e 25 (rodada de consulta do Rei com os grupos parlamentares), seguidos de duas sessões de posse e a posse do novo presidente antes do término do mês.

EFE   
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