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Europa

Província se decepciona por não ser o centro do mundo

16 jun 2016 - 09h20
(atualizado às 12h42)
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Primeiro foi a euforia por acreditar ser o centro geográfico da Terra e depois a decepção, ao ser desmentido que a província turca de Çorum, que fica na Anatólia central, fosse o centro do mundo, informou nesta quinta-feira o jornal "Hürriyet".

A notícia foi divulgada ontem pela agência semipública "Anadolu", assinalando que o Google localizou Çorum como o lugar de menor distância a qualquer outro ponto na superfície terrestre não coberta pela água.

Mas hoje a "Anadolu" retirou sua nota, indicando que foi divulgada por erro, visto que o Google não indica tal informação e se tratava meramente de uma especulação proposta em um fórum de debates turco.

A retratação causou uma grande desilusão na província e sua capital, Çorum, cujo prefeito, Muzaffer Külçü, tinha se empolgado, com a esperança de que chegassem turistas a uma província pouco frequentada pelos visitantes.

"Antes só nos conheciam por nossos grãos-de-bico tostados. Agora nos conhecerão também por ser o centro da Terra, e isto trará vantagens econômicas, turísticas e comerciais", declarou Külçü em entrevista coletiva.

"Temos a riqueza de pelo menos oito civilizações e não nos surpreende que o centro da terra fosse Çorum", acrescentou em tom ufanista o prefeito da cidade de 280 mil habitantes.

A notícia, que chegou a ser inclusive tuitada pelo Escritório de Imprensa do primeiro-ministro da Turquia, foi hoje motivo de chacota por vários usuários das redes sociais.

"Cada grão-de-bico que você coloca na boca pode sentir o centro da Terra", escreveu um usuário no Twitter.

"Não temos aeroporto, metrô, nem trem de alta velocidade, mas nos basta ser o centro da Terra", se queixou outro.

Em diferentes fóruns de internet há cálculos que estabelecem o hipotético ponto de menor distância a todos os demais lugares de terra firme na Anatólia central, em Kirsehir, a cem quilômetros a sudeste da capital, Ancara, ou em Çorum, a 200 quilômetros a nordeste.

No entanto, esses cálculos não citam fontes fidedignas para tais afirmações, que parecem se originar em institutos ou sites dedicados a teorias inventadas ou religiosas.

EFE   
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