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Europa

Oposição de Montenegro não reconhece resultado eleitoral de domingo

18 out 2016 - 11h47
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As quatro maiores forças políticas da oposição montenegrina anunciaram nesta terça-feira que não reconhecem os resultados das eleições parlamentares realizadas no país balcânico no domingo, devido ao ambiente gerado pelo temor expresso do governo a um golpe de Estado.

"Em condições de (suposto) golpe de Estado, como declararam as instituições estatais, é possível ter eleições regulares? Naturalmente, não", declarou à televisão pública montenegrina "RTCG" o líder da coalizão opositora Kljuc, Miodrag Lekic.

Além de Kljuc, uma aliança de partidos de centro-esquerda e centro-direita, o pró-Rússia Frente Democrática, o partido centrista Demokrate e o Partido Social-Democrata (SDP) se negam a reconhecer os resultados das legislativas.

No pleito, ganhou o Partido Democrático dos Socialistas (DPS) do primeiro-ministro e "homem forte" de Montenegro, Milo Djukanovic, que está há mais de um quarto de século no poder, embora a maioria obtida (em torno de 41%) não lhe permita governar sozinho, por isso que deve buscar parceiros.

Para Lekic, "as quatro formações (opositoras citadas) não podem" reconhecer o voto surgido das urnas na "séria" situação gerada depois da notícia de que uma organização criminosa sérvia planejava um golpe.

A Promotoria de Montenegro informou no domingo sobre os supostos planos de tal organização de atacar o parlamento e capturar o primeiro-ministro durante a mesma jornada eleitoral a fim de forçar o triunfo de "determinados partidos".

As autoridades também anunciaram na noite anterior a detenção de 20 pessoas supostamente envolvidas em tal conjuração.

A oposição pôs então em dúvida esse suposto complô e a Frente Democrática o qualificou de propaganda e uma tentativa de influenciar no resultado eleitoral.

Lekic exigiu hoje que seja esclarecidos detalhes dessa suposta ameaça e acusou a polícia, a promotoria e o próprio primeiro-ministro de ter violado as normas eleitorais.

EFE   
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