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Europa

Número de mortes devido a terremoto na Itália aumenta para 159

24 ago 2016 - 19h48
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A Defesa Civil da Itália elevou para 159 o número de mortos no terremoto de magnitude 6 graus na escala Richter que devastou nesta quarta-feira várias localidades na região central do país, mas a quantidade de vítimas ainda deve aumentar porque há dezenas de pessoas desaparecidas sob os escombros.

Segundo o último balanço parcial divulgado pelo órgão, que coordena os trabalhos de resgate e ajuda aos afetados, 106 pessoas morreram na província de Rieti, onde está a cidade de Amatrice, que ficou completamente destruída após o sismo. Há ainda outras 59 vítimas na província de Ascoli, sobretudo em Pescara de Tronto.

Fontes da Defesa Civil e o próprio primeiro-ministro da Itália já afirmaram que o número de vítimas seguirá crescendo com o passar do tempo, já que várias pessoas estão soterradas. No entanto, não há como contabilizar o número de desaparecidos porque as regiões afetadas costumam receber muitos turistas no verão europeu.

A situação mais dramática é vivida em Amatrice, a principal cidade afetada pelo tremor e que tem 2 mil habitantes. No entanto, a população local dobra nos meses de verão e, além disso, muitos turistas tinham chegado à região para a feira gastronômica do espaguete à amatriciana, um dos pratos mais tradicionais do país.

As equipes de resgate seguem escavando os escombros com todos os equipamentos disponíveis e utilizando cachorros farejadores para tentar encontrar sobreviventes embaixo dos prédios desabados.

Os centenas de desabrigados se preparam para passar a noite nos acampamentos erguidos de forma improvisada pela Defesa Civil em quatro áreas da região mais afetada pelo sismo.

Os poucos segundos do terremoto foram suficientes para praticamente fazer desaparecer várias cidades das províncias de Riete e de Ascoli Piceno, situadas sob a Cordilheira dos Apeninos, e a poucos quilômetros de L'Aquila, afetada por um sismo de grande intensidade em 2009 que deixou mais de 200 mortos.

O terremoto ocorreu por volta das 3h36 locais de hoje (23h36 de terça-feira em Brasília) com epicentro em Accumoli, durando 30 segundos, de acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália.

Outra das cidades que praticamente desapareceu é Accumoli. O prefeito do município, Stefano Petrucci, afirmou que a região foi devastada e que as casas que ainda seguem de pé estão danificadas.

"Precisamos de tudo. Perdemos tudo, não temos nada", lamentou.

Com o passar do tempo, diminuem as chances de encontrar pessoas com vida sob os escombros. O último milagre ocorreu 17 horas depois do terremoto, quando uma menina, de 10 anos, foi retirada dos escombros em Pescara del Tronto em boas condições de saúde.

EFE   
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