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Neto de Freud é acusado de estuprar três menores de idade

Sir Clement Freud era visto como um personagem respeitado na GB

17 jun 2016 - 14h16
(atualizado às 14h17)
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Foto: Getty Images

O falecido Sir Clement Freud, um dos netos de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, foi acusado de estuprar ao menos três garotas menores de idade durante vários anos. As acusações foram feitas pelas vítimas, agora mulheres já adultas, e reascenderam o debate no Reino Unido sobre assédio sexual, pedofilia e impunidade dos causadores desses delitos.

Os crimes cometidos pelo ex-deputado e acadêmico, importante personagem público na Inglaterra tanto pelos seus feitos e conquistas como pelo seu parentesco com o psicanalista, aconteceram no final da década de 1940 até a de 1970.

A primeira a revelar os crimes foi Sylvia Woosley, mulher que conhecia Sir Clement desde os 10 anos de idade e que viveu com ele por um tempo, período no qual ele a abusava e a estuprava constantemente, de acordo com sua denúncia.

Sylvia contou sua história no programa Exposure da emissora ITV, o mesmo que ajudou a revelar as atrocidades do pedófilo apresentador da emissora BBC Jimmy Savile.

No mesmo programa, Vicky Hayes, outra vítima, disse que conheceu Sir Clement quando tinha 14 anos através de seus pais, que eram amigos dele, e que quando fez 17 anos foi estuprada por ele. Já uma terceira mulher, que preferiu continuar no anonimato, também disse que foi violentada sexualmente quando era criança e depois quando tinha 17 anos.

Nascido na Alemanha em 1924, Clement Freud fugiu para a Inglaterra com a sua família, toda de origem judia, para escapar da perseguição nazista. Já no Reino Unido teve sucesso em várias áreas, tornando-se chefe de cozinha, escritor, acadêmico, reitor da Universidades de Dundee e Saint Andrews e deputado liberal.

O alemão, personagem respeitado e pai de cinco filhos, morreu em 2009, com 85 anos. Em seu funeral, estiveram presentes celebridades, como o então primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o vocalista da banda U2, Bono Vox. 

Fonte: Ansa
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