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Europa

Renzi renuncia como secretário-geral do Partido Democrata

19 fev 2017 - 09h16
(atualizado às 11h02)
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O ex-primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, renunciou como secretário-geral do Partido Democrata (PD), mas deixou a porta aberta a uma nova candidatura a esse cargo, segundo se anunciou neste domingo (19) na assembleia do grupo político.

Na abertura da assembleia, decisiva para o futuro da legenda perante as críticas de uma minoria que ameaça com a cisão, o presidente do PD, Matteo Orfini, informou que nas últimas horas recebeu a renúncia formal do secretário-geral.

Além disso, comunicou que, além das candidaturas já recebidas, se ampliava durante duas horas mais a coleta de assinaturas para a apresentação de novos candidatos.

Matteo Renzi
Matteo Renzi
Foto: Franco Origlia / Getty Images

As divergências se referem tanto à data do congresso como das primárias para escolher o novo secretário-geral.

Um grupo minoritário crítico a Renzi, cuja renúncia já era esperada, ameaça com a cisão se o congresso for convocado imediatamente e pede que se espere setembro ou outubro para haver tempo de realizar um projeto comum.

O presidente da região da Apúlia, Michele Emiliano, também exigiu que Renzi não volte a apresentar-se como candidato à secretária-geral do partido.

Após o anúncio da renúncia, Renzi tomou a palavra para dizer que lhe dói a palavra "cisão", "das mais feias que se podem ouvir no vocabulário político, junto à palavra chantagem".

"Um grande partido não pode deter-se com as ameaças de uma minoria", destacou, antes de acrescentar que a imagem de um partido dividido foi "um presente a Beppe", em referência a Grilo, líder do Movimento 5 Estrelas.

O ex-chefe de governo defendeu um PD onde "todos se sintam em casa e sejam livres para discutir", mas criticou que todas as semanas haja polêmicas por qualquer coisa.

Renzi, que deixou o cargo de primeiro-ministro no último dia 4 de dezembro após perder o referendo constitucional sobre a reforma do Senado, explicou que quis renunciar como secretário-geral pelo bem do partido.

Mas reiterou que não se pode pedir não volte a ser candidato "porque isto não pode ser uma regra do jogo democrático".

Com este discurso, Renzi deixou aberta sua possível candidatura a secretário-geral e apoiou de novo a organização de um congresso imediato.

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EFE   
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