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Europa

Le Pen pede que fronteiras nacionais sejam restabelecidas imediatamente

21 abr 2017 - 07h50
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A candidata ultradireitista à Presidência de França, Marine Le Pen, reclamou nesta sexta-feira que o controle das fronteiras nacionais seja restabelecido imediatamente e atacou a "relaxamento penal" dos governos de esquerda e direita das últimas décadas.

"A este governo efêmero, comandado pela inação, lhe peço que ordene a restauração imediata de nossas fronteiras nacionais", disse a candidata eurofóbica em uma declaração à imprensa na sede de seu comitê eleitoral em Paris.

Le Pen, uma das favoritas para se classificar no primeiro turno do próximo domingo, reagiu assim ao ataque de ontem à noite na avenida Champs-Elysées de Paris, no qual morreu um policial e que foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"A luta contra o terrorismo começa pela recuperação de nossas fronteiras nacionais e por acabar com a ingenuidade", destacou antes de exigir do presidente francês, o socialista François Hollande, que aplique antes de deixar o cargo em três semanas as medidas que ela defende em seu programa eleitoral.

Nessa linha, pediu que os estrangeiros fichados pelos serviços segredos por radicalismo sejam expulsos, que se retire a nacionalidade francesa aos que têm dupla nacionalidade para ser expulsos ao mesmo tempo, e que os que são unicamente franceses sejam detidos por sua "adesão à ideologia do inimigo".

Le Pen se pronunciou a fim de aumentar em 15 mil agentes o efetivo da Polícia e da Gendarmaria, reforçar os serviços secretos e o Exército, bem como "uma adaptação da política penal e carcerária a este tipo de criminalidade".

Pediu que sejam proibidas as organizações salafistas, que se expulse os imames que promovem em seus discursos o ódio e que se aplique um laicismo "restrito, conforme os princípios republicanos".

A presidente da Frente Nacional (FN) considerou que este novo atentado evidencia que a França é atacada "não pelo que faz, mas pelo que é".

"O Islamismo é uma ideologia hegemônica monstruosa que declarou guerra a nossa nação, à razão, à civilização", argumentou, antes de insistir em que para ganhar esta guerra, como para ganhar qualquer outra, deve-se agir "com constância e coerência".

EFE   
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