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Europa

Kerry pediu que Equador evitasse que Assange divulgasse dados de Hillary

18 out 2016 - 13h38
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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu ao Equador que evitasse que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, asilado na embaixada equatoriana em Londres, divulgasse informação classificada de Hillary Clinton durante as negociações de paz das Farc, segundo revelou nesta terça-feira essa portal.

O anúncio feito por essa organização em um tweet ocorre depois que o Wikileaks denunciou ontem que a conexão de internet de Assange, que desde 2012 vive refugiado em dita embaixada, havia sido "interrompida deliberadamente".

"Múltiplas fontes dos EUA nos dizem que John Kerry pediu ao Equador que evitasse que Assange publicasse documentos relacionados com (a candidata democrata às eleições presidenciais americanos) Hillary durante as negociações de paz das Farc", afirmou hoje o Wikileaks.

Assange não pode deixar a missão equatoriana, após ter solicitado a ajuda do governo de Quito a fim de evitar sua extradição à Suécia, país que quer interrogá-lo por crimes sexuais contra duas mulheres que ele nega.

O australiano, que seria detido se colocar um pé fora desse edifício, teme que uma vez na Suécia seja entregue aos Estados Unidos onde teme por sua vida, pois poderia ser julgado por crimes de espionagem pelos milhares de dados confidenciais filtrados por sua portal sobre Washington.

Em outro tweet, o Wikileaks indicou hoje que "o encontro privado de John Kerry com o Equador aconteceu no contexto das negociações (do processo de paz com as Farc) que ocorreram principalmente em 26 de setembro na Colômbia".

A restrição de internet ao jornalista australiano aconteceu após a divulgação de uma nova rodada de e-mails do Partido Democrata dos Estados Unidos.

Ao estar recluso nesse edifício há quatro anos, a internet é uma das poucas maneiras que o ativista tem de manter em contato com o exterior.

EFE   
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