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Acusado de matar família brasileira é hostilizado na Espanha

20 out 2016 - 18h13
(atualizado às 18h52)
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Foto: EFE

O jovem acusado de assassinar uma família brasileira que vivia na Espanha, François Patrick Nogueira Gouveia, chegou na tarde desta quinta-feira à região de Guadalajara, a 60 quilômetros de Madri, e onde o crime aconteceu, e amanhã ficará à disposição da justiça.

Gouveia, de 19 anos e natural do Pará, chegou ao Comando de Guadalajara da Guarda Civil espanhola em um comboio integrado por dois carros. No trajeto entre a garagem e o edifício da corporação, de 50 metros, ele foi hostilizado por um grupo de brasileiros, que o chamaram de "assassino" e "vergonha para o Brasil", e que o aguardavam nas imediações do edifício junto com vários jornalistas.

Amanhã, por volta das 16h (horário local, 12h de Brasília), está previsto que ele seja levado até o tribunal responsável pelo caso. Gouveia é acusado de ter matado os próprios tios e os filhos do casal, que tinham 1 e 4 anos, na casa em que viviam, na pequena cidade de Pioz. Os corpos foram encontrados pela polícia esquartejados e dentro de sacos plásticos após uma denúncia de um vizinho de que havia mau cheiro vindo da residência.

O suspeito chegou ontem à Espanha em um voo da companhia Latam. Quando estava dentro da aeronave, antes da decolagem, avisou à Guarda Civil que estava a caminho da Espanha para se colocar à disposição da justiça espanhola.

Foto: EFE

Já no aeroporto internacional de Barajas, o único suspeito do crime foi algemado na porta do avião e passou a noite nas dependências da Guarda Civil no aeroporto.

A entrega ocorreu após as conversas que a família do suspeito teve com os agentes encarregados do caso, segundo fontes da investigação.

Ontem o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, afirmou que o suposto assassino pode ter se entregado para cumprir pena em uma penitenciária espanhola, evitando assim ser processado no Brasil.

O ministro ressaltou que todas as provas encontradas, tanto a inspeção técnica da casa, as amostras de DNA coletadas, como a geolocalização do telefone celular, são "arrasadoras" contra Gouveia.

EFE   
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