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Europa

França fornecerá artilharia para Exército iraquiano

22 jul 2016 - 08h29
(atualizado às 09h53)
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O presidente da França, François Hollande, anunciou nesta sexta-feira que seu país porá "meios de artilharia" para a luta do Exército iraquiano contra o Estado Islâmico (EI), mas sem posicionar tropas em terra, e o porta-aviões "Charles de Gaulle" voltará à região para intensificar os bombardeios.

"Apoiamos nossos parceiros na Síria e no Iraque, mas não vamos pôr tropas em terra", explicou Hollande, ao detalhar como se traduzirá o aumento da participação francesa no dispositivo da coalizão internacional que combate ao EI na Síria e no Iraque.

Em declaração ao término de um conselho restrito com ministros e responsáveis da segurança e da defesa dedicado às consequências do atentado de Nice, reivindicado pelo EI, o presidente francês disse que as equipes de artilharia estarão à disposição dos militares iraquianos no próximo mês.

Em relação ao "Charles de Gaulle", que já realizou várias missões como plataforma para os bombardeios franceses sobre posições do EI na Síria e no Iraque, voltará à região "no final do mês de setembro".

Hollande insistiu que a ameaça terrorista está "em um nível elevado" e que "vai durar", por isso que anunciou uma série de medidas para aumentar a proteção no território francês, como o aumento para 10.000 do número de militares que realizam missões de vigilância, e que cobrirão diversos eventos de verão e em zonas turísticas.

O presidente francês antecipou que "a partir do final deste mês serão mobilizados 15.000 homens e mulheres" na reserva da Gendarmaria e da Polícia Nacional, e que também sae recorrerá à reserva do Exército.

A mais longo prazo, Hollande manifestou sua intenção de "constituir uma verdadeira Guarda Nacional".

Em resposta à polêmica política sobre o dispositivo do atentado em Nice na noite do atentado e às críticas da oposição de direita e da extrema direita contra sua política antiterrorista, Hollande se esforçou em reiterar um apelo à unidade.

"Os terroristas pretendem nos assustar para nos dividir, para semear o ódio e a discórdia. Nossa unidade e nossa coesão são, portanto, essenciais", argumentou antes de acrescentar que "querem que renunciemos à liberdade e ao Estado de direito e por isso nos põem à toda prova".

Quanto às críticas contra seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, acusado de mentir sobre o desdobramento de forças da ordem que havia em Nice no dia 14 de julho, prometeu "toda a verdade" e "transparência".

A esse respeito, Hollande disse que o relatório que o próprio Cazeneuve encarregou à Inspeção geral da Polícia Nacional será publicado na próxima semana.

EFE   
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