O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta quinta-feira que a comunidade internacional deve deter a escalada de violência na Síria, no momento em que as potências ocidentais cogitam uma ação militar no país.
"Deve ser feito todo o possível para chegar a uma solução política, mas está só será alcançada se a comunidade internacional for capaz de impor o fim da escalada da violência, da qual o massacre químico é um exemplo", declarou Hollande depois de receber no palácio presidencial o líder da opositora Coalizão Nacional Síria, Ahmad al-Asi al-Jarba.
O presidente francês reiterou que Paris "concederá toda a ajuda, apoio político, mas também ajuda humanitária e material" à oposição síria. Mas não citou um aumento do apoio militar à Coalizão Nacional Síria, que havia mencionado na terça-feira.
Fontes diplomáticas francesas disseram que Hollande falou com Jarba sobre o fornecimento de mais meios militares, após Jarba ter dito ao jornal Le Parisien que a oposição precisa de muito mais ajuda do exterior. Jarba também pediu que as potências ocidentais realizem logo um ataque de retaliação contra Assad, a quem responsabilizou pelo uso de armas químicas. O governo sírio nega.
"O regime de Assad tem apoio completo da Rússia, Hezbollah e Irã. Nós não temos nada. Nossos aliados não nos deram nada que pedimos. Precisamos de apoio real", disse Jarba, que vive no exílio. "Se os Estados ocidentais, que professam valores democráticos e humanistas, ficarem quietos, Assad irá deduzir que não há obstáculo para que ele cometa crimes. Nosso povo corre o risco de ser exterminado."
"Se houver intervenção, o regime não vai sobreviver por muito tempo. O essencial é tomar uma ação corajosa", prosseguiu Jarba. "Precisamos dos nossos amigos. Eles não devem ficar só nas palavras."
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam