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Europa

Cidade na Albânia dedica rua a Donald Trump

19 mar 2017 - 14h25
(atualizado às 14h52)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem desde este fim de semana uma rua com seu nome em uma das cidades mais pobres da Albânia, Kamza, situada ao noroeste da capital do país, Tirana.

O bulevar Donald J. Trump, de 500 metros de extensão, foi inaugurado pelo prefeito de Kamza, Xhelal Mziu, e pelo líder do Partido Democrático (PD, conservador), Lulzim Basha.

Donald Trump não é o primeiro político a dar nome às ruas de Kamza, onde também receberam a homenagem George Bush, Nicolas Sarkozy e Silvio Berlusconi.

"Mziu está nos testando. Muito pouca gente os conhece e a maioria nem sabe pronunciar seus difíceis nomes", explicou à Agência Efe Haxhi Hyra, vendedor ambulante de cigarros que sustenta uma família de 12 pessoas com os 250 euros que ganha por mês.

"Nem os próprios americanos querem Trump. Além disso, é amigo de (Vladimir) Putin e pró-Rússia. Não é bom nem para nós, nem para a Europa", disse seu amigo Tahir, que criticou a decisão do prefeito de colocar o nome do presidente dos EUA em uma rua que antes se chamava Iliria, "a terra de nossos antepassados".

Para Astrit Kastrati, atualmente desempregado, as autoridades locais fazem bem ao colocar o nome de um líder americano em uma das ruas da cidade porque, "sem a ajuda dos EUA, não teria existido nem o Estado albanês em 1912 nem o Kosovo independente".

Na Albânia, uma das nações mais pró-americanas da Europa, também há uma estátua do ex-presidente George W. Bush, em lembrança de sua visita em 2008 à cidade de Fushe Kruje.

Kamza é uma das localidades mais novas da Albânia, fundada após a queda do comunismo, em 1991, quando milhares de albaneses deixaram suas casas no empobrecido norte e se estabeleceram nos arredores de Tirana em busca de uma vida melhor.

Com uma população de aproximadamente cem mil habitantes, a cidade se situa entre as regiões mais pobres e de maior taxa de desemprego da Albânia.

Em novembro, Xhelal Mziu tomou outra curiosa iniciativa, ao declarar a Trump "cidadão de honra" de Kamza e qualificá-lo como "modelo revolucionário da nova ordem democrática, um especialista em economia, um negociador em política externa, um comunicador perspicaz e um líder dos tempos modernos".

EFE   
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