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Europa

Casa do Rei reafirma "respeito absoluto à independência do Poder Judiciário"

17 fev 2017 - 11h06
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A Casa do Rei da Espanha reafirmou nesta sexta-feira seu "respeito absoluto à independência do Poder Judiciário" após conhecer a condenação a seis anos e três meses de prisão para Iñaki Urdangarin, marido de Cristina de Borbón, irmã do monarca, e a multa imposta a ela de 265 mil euros em um caso de corrupção.

Através de um porta-voz, o Palácio da Zarzuela, residência oficial do rei, fez este pronunciamento após conhecer a sentença do tribunal que julgou o desvio de recursos públicos para o Instituto Nóos, no qual estiveram envolvidos a infanta e seu marido, que presidiu essa organização.

A notícia da sentença foi divulgada enquanto Felipe VI e a rainha Letizia inauguravam no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri, uma exposição junto ao presidente da Hungria, János Áder.

O Palácio da Zarzuela não quis fazer nenhum outro comentário em relação a este assunto, nem sobre se Cristina de Borbón, filha mais nova do rei Juan Carlos (pai de Felipe VI) deveria ou não renunciar a seus direitos dinásticos, já que ocupa o sexto lugar na linha de sucessão à Coroa.

Essa renúncia é uma decisão pessoal da irmã do rei, por isso não está nas mãos de Felipe VI.

Tanto a infanta como seu marido foram afastados pela Casa Real de toda atividade institucional no final de 2011.

Posteriormente, ambos deixaram de ser membros da Família Real após a abdicação do rei Juan Carlos e a proclamação de Felipe VI, em 19 de junho, quando a infanta passou de filha a irmã do chefe do Estado.

Em 11 de junho de 2015, pouco antes de completar um ano no trono, Felipe VI revogou o título de Duquesa de Palma de Mallorca que havia sido concedido à infanta por seu pai, Juan Carlos I, em outubro de 1997, por ocasião de seu casamento com Iñaki Urdangarin.

Desde que começou o reinado de Felipe VI, a Casa do Rei reagiu sempre com uma manifestação de respeito à independência dos tribunais perante cada um dos passos do processo judicial da Nóos que envolveram a infanta Cristina.

A única vez em que opinou sobre uma decisão judicial relacionada com a infanta foi sob o reinado de Juan Carlos I, em abril de 2013, para manifestar sua "surpresa" pela "mudança de posição" do juiz Castro, que havia decidido acusar Cristina de Borbón, assim como para mostrar sua "absoluta conformidade" com a decisão da procuradoria de recorrer daquela medida.

Cristina de Borbón, que trabalha em Genebra para a Fundação "La Caixa", não esteve presente na cerimônia de proclamação de seu irmão no Congresso dos Deputados, nem na de abdicação de seu pai, realizada na véspera no Palácio Real, ao contrário de sua irmã mais velha, a infanta Elena, que compareceu a ambas.

EFE   
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