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Europa

Britânicos acreditam que "Brexit" não deve ser prioridade para o governo

20 fev 2017 - 15h01
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Os britânicos consideram que as futuras negociações do "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), não deveriam ser uma área prioritária para o governo do país, avaliando que outros temas, como a saúde pública, merecem mais atenção dos líderes.

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Kantar Public UK revelou que os cidadãos britânicos pensam que outros assuntos, como o crescimento econômico e o atendimento social aos idosos, são mais importantes do que o diálogo com Bruxelas.

A pesquisa mostrou que a negociação entre o governo de Theresa May e a UE ficou no último lugar em um ranking de importância sobre os temas que o governo deveria abordar.

Em relação às esperanças dos cidadãos no processo de negociação com o bloco comunitário, a opinião está dividida. Segundo a pesquisa, 31% consideram ser importante restringir a imigração de outros países comunitários, outros 30% defendem a redução do papel dos tribunais europeus nos processos judiciais britânicos e 29% acham que a prioridade é manter o acesso ao mercado único.

A pesquisa revelou, ao mesmo tempo, que 47% esperam que o "Brexit" tenha um efeito positivo no país em um período de cinco anos, contra 32% antecipam um impacto negativo.

"Os cidadãos estão divididos em relação no que o 'Brexit' deveria se concentrar", indicou Luke Taylor, responsável de atitudes sociais e políticas de Kantar Public UK.

Taylor observou que os resultados evidenciam o quão difícil é para o governo atender as expectativas dos cidadãos atualmente.

A Câmara dos Lordes começa hoje a debater o projeto de lei que deve autorizar a ativação do "Brexit" após um recesso parlamentar de uma semana.

May indicou que pretende invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa antes de março. A primeira-ministra disse que o primeiro assunto espera resolver uma vez iniciadas as negociações é o estatuto dos comunitários que vivem no Reino Unido, desde que também sejam respeitados os direitos dos britânicos que residem em outros países da UE.

EFE   
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