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Brasileira de 72 anos disputa ultramaratona de 281 km

18 ago 2016 - 17h41
(atualizado às 18h48)
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Atletas de Portugal, Espanha, Holanda, França, Estados Unidos, Uruguai e Brasil, entre eles um cego e uma mulher de 72 anos, iniciaram nesta quinta-feira o percurso da Ultramaratona Lusa 281PT, considerada uma das provas mais duras do mundo.

Os 55 atletas, a maioria deles portugueses, deram a largada em Belmonte, na tarde de hoje, iniciando o percurso a pé de 281 quilômetros, que deve ser completado até domingo, com auxílio apenas de um "GPS".

O ultramarotnista Vladimir Virgílio, que é cego, será o representante do Brasil na prova junto da corredora Analise Silva, de 72 anos, radicada em Lisboa; e do corredor Danilo Rosa.

O uruguaio Aníbal Lavandeira é o favorito da competição, credenciado pela vitória que obteve na "Cassino Ultra Race", prova de 230 quilômetros disputada esse ano no Uruguai.

"Uma grande parte dos que iniciaram a prova não vão chegar ao fim, já que é muito difícil administrar a sede, o sono, a alimentação e a hidratação", explicou à Agencia Efe o organizador da prova, Paulo Garcia.

A rota se desenvolverá de forma contínua entre os distritos portugueses de Guarda e Castelo Branco e passará por paisagens de grande valor patrimonial como Belmonte, Sabugal, Sortelha, Penamacor, Sierra de Malcata, Monsanto, Idanha-a-Nova, Parque Teço internacional, Vila Velha de Ródão e concluirá em Proença-a-Nova, perto da fronteira com Extremadura.

Todos os olhares na saída foram para o atleta uruguaio Aníbal Lavandeira, de 47 anos, franco favorito para vencer a prova, em um trajeto onde só receberão indicações ou ajuda de água e alimentos em sete pontos.

Lavandeira, professor de educação física em uma escola do bairro Malvín, em Montevidéu, tem o recorde uruguaio de quilômetros percorridos em 24 horas, com uma marca de 222 quilômetros, e, além disso, foi o primeiro latino-americano do mundial de ultramaratona realizado em Turin, na Itália, no ano passado.

Dirigente da Associação Cristã de Jovens no Uruguai, o atleta garantiu à Efe antes da largada que, neste tipo de provas, onde há 281 quilômetros pela frente, o que prevalece é o físico, já que "com a mente você chega e com o físico vence".

A corrida que começou hoje está inspirada na tradicional Badwater da Califórnia e na ultramaratona BR135 do Brasil.

EFE   
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